ESTE ARTIGO SOCIALIZA O RESULTADO DE UM PROJETO DE PESQUISA CUJO OBJETIVO ERA ANALISAR A REPRESENTAÇÃO DO NEGRO EM UMA ESCOLA PÚBLICA MUNICIPAL DE PARINTINS (AM). A PESQUISA DE CUNHO QUALITATIVO FOI REALIZADA DE JUNHO DE 2018 A AGOSTO DE 2019. A PARTIR DA OBSERVAÇÃO PARTICIPANTE, BUSCOU-SE REGISTRAR A REPRESENTAÇÃO DO NEGRO EM CARTAZES, MURAIS, LIVROS DIDÁTICOS E MATERIAL BIBLIOGRÁFICO, ASSIM COMO IDENTIFICAR OUTRAS FORMAS DE REFERÊNCIA IMAGÉTICA, ICONOGRÁFICO E/OU CONTEÚDISTA ÀS CULTURAS DE MATRIZ AFRICANA NO ESPAÇO ESCOLAR. A ANÁLISE DOS DADOS, A PARTIR DE SANTOMÉ (1995), CAVALLEIRO (2003), SAUL (2008), SANTOS (2013), SACRISTAN (2013) E MUNANGA E GOMES (2016), PERMITIU CONSTATAR QUE, APESAR DA LEI 11.645/2008 DETERMINAR A OBRIGATORIEDADE DO ENSINO DA HISTÓRIA E CULTURA AFRICANA, ESSE CONTEÚDO NÃO FOI TRABALHO NEM MESMO REFERENCIADO PELOS(AS) PROFESSORES(AS) DURANTE O PERÍODO DA PESQUISA; QUASE NÃO HÁ REFERÊNCIA À CULTURA NEGRA NA ESCOLA; OS LIVROS DIDÁTICOS UTILIZADOS TRAZEM POUCA INFORMAÇÃO SOBRE OS NEGROS; OS DOCENTES SE LIMITAM, COMO RECURSO PEDAGÓGICO, A ESSES LIVROS, E, POR ISSO, ACABAM REPRODUZINDO UMA VISÃO REDUCIONISTA DO PAPEL DO NEGRO NA HISTÓRIA DO BRASIL. ALÉM DISSO, APESAR DE HAVER LIVROS DE LITERATURA CIENTÍFICA SOBRE A LUTA DO POVO NEGRO PELO RECONHECIMENTO DE TERRITÓRIOS QUILOMBOLAS E DA CULTURA NEGRA NA BIBLIOTECA, NÃO HÁ REGISTRO DO CORPO DOCENTE E DISCENTE DA ESCOLA OS TEREM CONSULTADO.