UM RELATO DE EXPERIENCIA VIVENCIADO NO PIBID - SUBPROJETO DE MATEMÁTICA Rosivany de Oliveira Castro Patrício/annyocastro@gmail.com/ Instituto Federal do Tocantins, IFTO- Campus Palmas Jaciara de Jesus Ferreira da Cunha/ Instituto Federal do Tocantins, IFTO- Campus Palmas Luana Alves Patrício/ Instituto Federal do Tocantins, IFTO- Campus Palmas Eixo Temático: Processos de Ensino e aprendizagem - com ênfase na inovação tecnológica, metodológica e práticas docentes. Resumo Este trabalho descreve as experiências vivenciadas no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID). O subprojeto de matemática é desenvolvido com os alunos do curso de Licenciatura em Matemática do Instituto Federal de Educação, Campus Palmas, em parceria o Colégio Municipal Henrique Talone Pinheiro, com turmas do 5º ao 9º no ano de 2015.No início do projeto realizamos o planejamento junto com a supervisora, o coordenador e os bolsistas. Feito o planejamento o próximo passo foi realizar as observações. Após as observações que ocorreram nas aulas de matemática do Ensino Fundamental, foi feito o levantamento e observação das turmas. Após o período de observação e levantamento dos principais problemas relacionados à aprendizagem, passamos para a segunda etapa que foi a construção de material de apoio ao ensino. As elaborações desses materiais passaram sempre pela orientação do supervisor e coordenador do projeto. As atividades desenvolvidas ao longo desse programa têm por objetivo contribuir com a formação profissional docente por meio de práticas pedagógicas e da reflexão sobre o trabalho docente no cotidiano escolar. O objetivo das oficinas que foram desenvolvidas não era apresentar o conteúdo aos alunos do mesmo modo que o professor da turma já havia feito, mas sim propor aos estudantes uma metodologia diferenciada, buscando dar ênfase naquilo que durante nossa observação notamos que os alunos tiveram mais dificuldades. Segundo D' Ambrósio (1991, p.1) "[...] há algo errado com a matemática que estamos ensinando". O conteúdo que tentamos passar adiante através dos sistemas escolares é obsoleto, desinteressante e inútil''. O autor evidencia com este a barreira que o educador precisa quebrar parar fazer com que o aluno adquira interesse pela disciplinada de matemática, as aulas tradicionais, nas quais somos alfabetizados, nos fez ter temor pelos números e contas. É prudente que haja um esforço conjunto do núcleo escolar para que esse quadro mude, a inclusão de novas metodologias com matérias manipuláveis seria um passo, pois estimula a curiosidade acerca do assunto, leva o aluno a investigação e posteriormente á descoberta e indagação. Em geral utilizávamos em nossas oficinas material concreto do qual, via de regra, o professor regente não trabalha; não por falta de interesse, mas sim por ter dificuldades em trabalhar sozinho com mais de 30 alunos. Através de jogos, atividades lúdicas que apresentamos aos alunos, acreditamos que o uso dessas metodologias favorece o aprendizado dos alunos. No início de cada oficina fazíamos uma discussão do conteúdo ministrado pelo professor, no qual eles tinham apresentado mais dificuldades. Para a oficina foi escolhido o conteúdo de fração. No primeiro momento apresentamos alguns slides que abordavam questão sobre o surgimento da fração. Em um segundo momento resolveram exercícios com a participação voluntária dos alunos. Após a apresentação dos slides iniciamos a oficina dando uma explicação de como seria a atividade "Jogo de pizza sobre fração". O jogo era comporto por cartas que tinham desenhos de pizzas em forma de frações. O aluno tinha que escolher uma carta e teria que dar a resposta da fração que correspondia a pizza, isso em grupos espalhados pela sala. No início da oficina sentimos dificuldades quanto a gestão da sala de aula em relação a disciplina. Alguns estudantes ficaram muito agitados no início, mas na medida em que mostrávamos a importância daquela atividade, tornando-a mais dinâmica, os estudantes foram focando no aprendizado. Os alunos associaram as divisões das fatias da pizza aos valores da fração e foram capazes de efetuar adição entre esses valores, nesse sentido percebemos que o trabalho em grupo facilitou o aprendizado. O interesse e a motivação dos alunos eram nítidos. Presenciamos algumas vezes a matemática sendo apresentada ao aluno com poucas aplicações, dificultando o aprendizado do aluno, que nas séries iniciais estão construindo o seu conhecimento, e quando o aluno não aprende, ele já a toma por difícil e complicada, e leva para sua vida adulta. Sobre isso, Dante (1998, p.13),diz que ;[...] isso pode ser atribuído ao exagero no treino de algoritmos e regras desvinculados de situações reais, além do pouco envolvimento do aluno com aplicações da Matemática que exijam o raciocínio e o modo de pensar matemático para resolvê-las. Por meio da oficina envolvendo frações pudemos perceber o quanto é importante desenvolver atividades diferenciadas, que estimulem o aluno a pensar. E o convívio com os alunos em sala de aula foi de suma importância para nós, os acadêmicos do curso de licenciatura em matemática, pois nos ensina na prática o que a teoria tenta passar. Com a observação em sala de aula e à aplicação da oficina tivemos a oportunidade de vivenciar as dificuldades dos alunos e o seu desenvolvimento durante a oficina. Os alunos se interessaram em participar, tirando as dúvidas durante o jogo com fração e se divertiram bastante. O projeto PIBID é de extrema importante na nossa formação pedagógica, pois nos leva a refletir sobre nossas metodologias de ensino em sala de aula. Percebemos a diferença entre "o que ensinar e de que forma ensinar". Aprendemos que necessitamos constantemente refletir sobre a prática e repensar as ações futuras pela busca de novas formas de ensinar e com isso alcançar a aprendizagem. Esta experiência contribuiu para elevar a qualidade das nossas ações acadêmicas, incentivando o dialogo colaborando para uma reflexão sobre alternativa e formas de trabalho que possam contribuir com as melhorias do processo de ensino e aprendizagem da matemática. Palavras-chave: PIBID, Matemática, Oficinas, Frações Referências DANTE, L. R. Didática da Resolução de Problemas de Matemática. 12 ed. São Paulo: Editora Ática, 1999. D'AMBRÓSIO, U. As matemáticas e seu entorno sócio-cultural. Memorias Del Primer Congresso Iberoamericano de Educación Matemática, Paris, 1991.