PIBID E FORMAÇÃO CONTINUADA: REFLEXÕES E DESAFIOS DA SUPERVISÃO Andréa da Silveira Cordeiro Cunha/UFBA Rosiléia Oliveira de Almeida/UFBA Eixo Temático: Formação inicial e continuada de professores - com ênfase na análise de experiência, programas e políticas Agência financiadora: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) Resumo Em uma escola situada no subúrbio ferroviário de Salvador/BA, a partir de observações e análises do contexto sociocultural dos/as estudantes realizadas pelos/as bolsistas de Iniciação à Docência do subprojeto de Ciências Naturais. Este que compõe o Programa de Iniciação à Docência da Universidade Federal da Bahia (Pibid/UFBA), como primeira autora deste trabalho pude desenvolver percepções acerca dos impactos da presença dos/as bolsistas em meu próprio processo formativo e do desafio em trabalhar com um grupo composto por um número maior de bolsistas, nas atividades de supervisão. O subprojeto Ciências Naturais do Pibid/UFBA promove atividades como: reuniões semanais com leitura de textos que embasam e provocam reflexões sobre as atividades pedagógicas propostas e trocas de experiências no que concerne a abordagens didáticas e seus pressupostos teóricos, dentre outros aspectos; orientação e contribuição para o processo de formação dos/as licenciandos/as no acompanhamento dos/as bolsistas na elaboração dos seus planos de trabalho, assim como nos ajustes e na aplicação das atividades que os compõem; preenchimento das lacunas dos estágios supervisionados, os quais são insuficientes para promover uma prática docente adequada; reflexão sobre cada etapa de trabalho desenvolvido por meio da prática, dos bolsistas de iniciação à docência, em sala de aula e em outros espaços do cotidiano escolar; desenvolvimento da habilidade de escrita e de apresentação de trabalhos em eventos científicos e promoção do reconhecimento da sala de aula como espaço para pesquisa sobre a prática docente. As informações advindas das observações sobre o contexto sociocultural no qual a escola está inserida, bem como das turmas durante o semestre letivo e, em horários diferenciados como: início ou final do turno, antes e depois do intervalo para o lanche, bem como em datas pós feriado, recesso e/ou recebimento do boletim escolar consiste em uma prática obrigatória de extrema importância. Estas informações permitem melhor adequação das estratégias metodológicas e organização do conteúdo programático, favorecendo uma aprendizagem mais significativa, além de uma compreensão sobre comportamentos e atitudes dos estudantes. O trabalho colaborativo do grupo de licenciandos/as tem trazido bons resultados e é encantador. O planejamento e aplicação de atividades que envolvem a abordagem de questões ambientais, a exemplo da Trilha de Conhecimentos, possibilitaram questionar preconceitos e visões ingênuas, o que revela a vantagem da interação entre a escola e a universidade. Os resultados da identificação dos conhecimentos prévios dos/as estudantes sobre horta, água e solo, reciclagem e compostagem e o seu engajamento nas ações propostas, voltadas para promover um ambiente escolar com espaços mais acolhedores, a exemplo dos espaços da horta e jardins, revelou-se surpreendente e estimulante para os/as pibidianos/as. Ademais, a educação ambiental possibilita a formação de jovens conscientes social e ambientalmente, dispostos a realizar mudanças importantes em favor da sua comunidade. Palavras-chave: Horta, Jardim, Educação Ambiental, Ensino de Ciências. Referências BALBINO, C.; PETRUCELLI, E.M. Educação e preservação ambiental começa na escola. 15° Congresso Nacional de Pesquisadores. Universidade Federal de São Carlos. São Carlos, São Paulo. 2017 BRASIL. Ministério da Educação, Lei nº. 9.795, de 27 de abril de 1999. Dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências. Brasília, 1999. Disponível em: . Acesso em: 26 set. 2018. CABRAL, A. Pedagogia do Oprimido. Rev. Lusófona de Educação, Lisboa, n. 5, p. 200-204, 2005. Disponível em< http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid =S1645-72502005000100014&lng=pt&nrm=iso>. Acessos em 07 out. 2018. CARVALHO, A.T.; MUNIZ, V. M.; GOMES, J. F.; SAMICO, I. Programa de alimentação escolar no município de João Pessoa - PB, Brasil: as merendeiras em foco. Interface - Comunic., Saúde, Educ., v. 12, n. 27, p. 823-834, out./dez. 2008. DAYRELL. J. T.A educação do aluno trabalhador: uma abordagem alternativa. Educação em Revista. Belo Horizonte, v. 15, n. 21-29, jun 1992. DIAS, G. F. Educação ambiental - Princípios e prática. São Paulo: Gaia, 2004 FERREIRA, C. M. A. et al. Meio Ambiente e educação ambiental nas escolas públicas. Disponível em: . Acesso em 27 set. 2018. FONSECA, A. A construção do conhecimento matemático de uma turma de alunos do Ensino Médio num espaço sociocultural: uma postura etnomatemática. Dissertação (Mestrado em Educação Matemática) - Universidade Estadual Paulista, Rio Claro, 2009. Disponível em: < http://www2.rc.unesp.br/eventos/matematica/ebrapem2008/upload/313-1-A-gt7_fonseca_ta.pdf>. Acesso em: 28 set. 2018.