PROFESSOR E ALUNO NA ELABORAÇÃO DE ESTRATÉGIAS PARA SUPERAÇÃO DE DICOTOMIAS ENTRE NÍVEIS DE CONHECIMENTO Francisca Joselena Ramos Barroso [1]/ francisca.joselena@aluno.uece.br/ Universidade Estadual do Ceará, Faculdade de Educação de Itapipoca Maria Letícia de Sousa David [2]/ leticia.david@aluno.uece.br/ Universidade Estadual do Ceará, Faculdade de Educação de Itapipoca Antônia Edilene de Sousa Vasconcelos [3]/ edilene.vasconcelos@aluno.uece.br/ Universidade Estadual do Ceará, Faculdade de Educação de Itapipoca Francisco Mirtiel Frankson Moura Castro [4]/ mirtiel.frankson@gmail.com/ Universidade Estadual do Ceará, Faculdade de Educação de Itapipoca Eixo Temático: Processos de Ensino e Aprendizagem - com ênfase na inovação tecnológica, metodológica e práticas docentes. Resumo Quando a prática pedagógica não se apoia num planejamento de ensino, baseado numa fundamentação teórica, afeta diretamente o desenvolvimento da aula. Esta ação desencadeia processos de ensino e de aprendizagem insuficientes e estudos que se sintetizam num grande acúmulo de informações; que se encontram desprovidas da apreensão significativa dos conhecimentos. Esta investigação foi importante em instância pessoal, pois foi visto como a relação de ensino e aprendizagem pode tornar-se mais prazerosa e findar num sentido para professores e alunos. Já para academia este escrito é relevante, já que leva os estudantes a analisarem como a futura prática pedagógica pode interferir nas relações em sala de aula e no processo de constituição do saber. E a nível social é fundamental, pois abre caminhos para procurar por uma nova formação de indivíduos, que tenha como foco a criticidade, reflexão e a transformação social. Dessa forma, este trabalho buscou em linhas gerais compreender que estratégias são utilizadas para superar os desafios e dicotomias de níveis de conhecimento entre professor-aluno. Por intermédio disso, ao realizar-se a pesquisa buscou-se também analisar quais as considerações dos discentes sobre a atuação dos professores ao fazerem seus compartilhamentos de conhecimentos durante as aulas; como estes ministram os momentos de ensino, se de uma forma tradicional ou dinâmica; se apresentam metodologias que estimulam a participação e o diálogo mútuo nos processos de ensino e de aprendizagem e de que forma a relação entre o docente e discente se torna mais próxima para compreensão eficaz dos conteúdos. O embasamento teórico seguiu as ideias dos seguintes autores: Almeida (2007), Freire (1987), Libâneo (1987), Santos (2013) e Silva (2013). Seguindo uma abordagem de natureza qualitativa, o estudo de campo foi realizado em uma universidade pública do município de Itapipoca- Ceará, no ano de 2017. O procedimento utilizado para a coleta de dados foi a aplicação de um questionário com sete perguntas abertas aplicadas para dezesseis discentes do oitavo semestre de um curso de Licenciatura em Pedagogia dos quais foram recebidos, respondidos, quatorze questionários, e dois estavam incompletos. Através da análise de dados foi possível perceber que o docente cumpre a função de se tornar mediador para que o desenvolvimento da aprendizagem aconteça. Durante esse processo de transformação pedagógica de conteúdos é necessário que o educador, ao ministrar suas aulas, se preocupe em tornar os temas abordados mais compreensíveis pelos seus educandos. Assim sendo, é preciso que o professor realize aulas mais dinâmicas, a partir da construção de diálogos críticos e reflexivos, que estimulem a participação dos alunos, sobretudo a produção e troca de conhecimento, ou seja, para que aconteça realmente a mudança do ensino tradicional. O professor não pode mais submeter sua prática à concepção tradicional de detenção de todo o saber, e sim, que objetive facilitar o desenvolvimento educacional dos alunos. Com isso, ficou claramente explicito, que a falta de um planejamento bem fundamentado e sistemático se expressa em impactos negativos à compreensão dos conteúdos pelos alunos, que se sentem desmotivados a voltar sua atenção para uma aula sem metodologia compreensiva. Ou seja, é preciso que o que se diz na academia seja a realidade em que se encontra o aluno fora do ambiente educacional. Por intermédio disso, o educador que faz uso de métodos facilitadores à aprendizagem, a exemplo de uma aula preparada com uso de linguagem mais próxima da realidade dos discentes, métodos flexíveis de interação entre professor e aluno e apresenta respeito às ideologias dos mesmos; assim, demostra-se como um educador que aproxima e conquista a atenção dos educandos, cumprindo com excelência seu papel pedagógico de mediação para o saber. O educador que utiliza estratégias para a facilitação do ensino pode fazer com que a assimilação e compreensão de suas aulas se realizem de forma efetiva, resultando finalmente em uma aprendizagem significativa. Enfim, para que os desafios que permeiam o ensino e a aprendizagem sejam superados, faz-se essencial que o docente ultrapasse os modos de ensino tradicional, que se exprimem desde o planejamento à avaliação e fazem com que a transformação pedagógica não ocorra de maneira eficaz. Desse modo, percebeu-se, por intermédio deste estudo, que a transformação pedagógica acontece quando os conteúdos científicos são associados à realidade e, assim, assimilados verdadeiramente. A assimilação consistente de saberes faz com que o indivíduo desenvolva a autonomia para modificar os malefícios do cotidiano vivenciado e atue como agente transformador dos sistemas sociais vigentes. Concluiu-se, deste modo, afirmando que as principais estratégias utilizadas para superar os desafios presentes na atuação docente, revelam-se numa ação preocupada com a mudança e aprimoramento das potencialidades dos alunos, valorizando o conhecimento que adquiriram na convivência com outros indivíduos, que se exprime na herança cultural e que desse modo acabem por inovar a rotina instituída pelo ensino tradicional. Palavras-Chave: Ensino Tradicional, Conteúdos de Ensino, Relação Professor- Aluno, Transformação Metodológica de Ensino Referências ALMEIDA, Geraldo Peçanha de. Transposição didática: por onde começar. São Paulo: Cortez. 2007. 71 p. FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 17. ed. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1987, 129 p. LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1990. 258 p. SANTOS, Luciana Souza. A noção de transposição didática e o bom ensino de História. XXVII Simpósio Nacional de História, Natal-RN, 22 a 26 jul. 2013. Disponível em: . Acesso em: 16 ago. 2018. SILVA, Marciele Taschetto da. A transposição didática de diferentes áreas do conhecimento no curso de Pedagogia, XI Congresso Nacional de Educação Educere, Pucpr, Curitiba, 23 a 26 set. 2013. Disponível em:. Acesso em: 16 ago. 2018.