A MULTIPERSPECTIVIDADE COMO PRINCÍPIO DA NARRATIVA HISTÓRICA: O MEIO SOCIAL DO ALUNO COMO VIÉS DE PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO HISTÓRICOSávio dos Santos Lima /Saviolima98@hotmail.com /Universidade Federal de alagoas Campus SertãoEixo Temático:Processos de Ensino e aprendizagem PIBID - Projeto de iniciação à docênciaResumo A produção desse artigo devese à necessidade de renovar o ensino da história e derepensar o significado escolar do conhecimento histórico. Tratase da aplicação de uma nova abordagem do ensino de história, fincada na multiperspectividade como princípio da narrativa histórica, com a intenção de aproximar o meio social dos alunos do conhecimento que é produzido na sala de aula. A partir das discussões trazidas pelo historiador e filósofo alemão Jörn Rüsen (RÜSEN, 2009), sobre historicidade, o historiador tem a possibilidade de usar novas abordagens, próprias do ensino de história, tendo em vista que o conhecimento histórico iniciase nas demandas da consciência histórica no presente. Nesta perspectiva, de imediato, seria ineficiente o ensinoaprendizagem quando pensado e estruturado nos moldes do currículo tradicional, numa educação bancária (SILVA, Tomaz, 2002). Este, por sua vez, caracteriza o professor "enciclopédia", transmissor de um conhecimento solidificado , distanciando o meio social do aluno da produção do conhecimento histórico e excluindo sua subjetividade. Rüssen, em sua proposta, já supera as velhas teorias do currículo e suas noções de aprendizagem, entre as quais, o modelo mercadológico. Sendo assim, questionase: Quais as contribuições teóricas e práticas do compartilhamento de experiências individuais e coletivas na produção do conhecimento histórico? As práticas educativas na sala de aula, especificamente no ensino da história, constituem como espaço de conhecimento intersubjetivo, usando as implicações metodológicas contidas no pensamento de Rüssen? Com isso, buscamos identificar as transformações do ensino e aprendizagem através da inserção do método de ensino implícito na concepção de consciência histórica de Rüssen? caracterizar as nuances na construção do conhecimento histórico diante das intersubjetividades dos alunos. Os procedimentos metodológicos que fundamentaram a pesquisação é a observação participante. O artigo foi produzido através da experiência escolar orientada pelo PIBID - Projeto de iniciação à docência, que busca interligar os conteúdos abordados cotidianamente, na escola Watson, Delmiro GouveiaAL, com as transformações ambientais que se desenvolveram durante a história, visando trazer novas abordagens metodológicas para a práxis na sala de aula. A sala é composta por quatorze alunos, de faixa etária de 16 à 17 anos. Como fonte, foi ultilizado episódios de desenhos animados, como "Os simpsons", no episódio "Empate de titãs" (9° temporada, episódio 22). Tratase de uma crítica ao tratamento do lixo, evidenciando características da sociedade moderna e sua relação com o meio ambiente, tendo em vista a maximização da produção pósrevolução industrial e alto consumo. Também traz à tona a política e sua influência nas questões ambientais a partir da intervenção do estado por meio do processo democrático da cidade que elege seus representantes. Foi a forma como procedeu a aproximação da produção do conhecimento histórico com o meio dos alunos. Pois, a série é presente no Brasil, desde 1991, tendo passado por várias emissoras de TV. Para a aplicação prática, construiuse um plano de intervenção com base nas divisões tipológicas do espanhol Antoni Zaballa (1998), apoiados na sistematização verbal trazida pela taxonomia de Bloom. O fio condutor teórico dessa pesquisação se fundamenta em: Rüssen (2009) para a compreensão do conceito de consciência histórica e suas implicações na didática da história? Antoni Zabala e Beijamin Bloom para a construção do plano de intervenção que pontua os objetivos gerais e específicos, avaliação e metodologia? O aporte teórico, que nos serviu para correlacionar com as fontes usadas pelos alunos, foi diverso, entre eles, a monografia de Cristiane Gomes da costa, da Universidade Cândido Mendes. Com a teoria da consciência histórica de Rüssen e o uso de fontes como os desenhos animados, a produção do conhecimento histórico tornase mais dinâmico, sendo, à primeira vista, uma didática bem vista pelos alunos, tornandose um excelente método para os professores que buscam a interatividade na sala de aula. Marca uma expressiva colaboração para o ensino da história.Palavraschave: Multiperspectividade, Protonarrativa, Meio social, Didática, História Referências:RÜSEN, Jörn. Razão histórica. Teoria da história: os fundamentos da ciência histórica. Brasília: Editora da UnB, 2001. ZABALA, Antoni. A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre: Editora Artes Médicas Sul Ltda., 1998.CERRI, Luis Fernando. Ensino de história e consciência histórica. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2011.SILVA, Tomaz Tadeu da. Documentos de Identidade: uma introdução às teorias do currículo. 2002. 2 ed. Belo Horizonte, Autêntica. SCHMIDT, M. A. M. S; GARCIA, Tânia Braga. A formação da consciência histórica de alunos e professores e o cotidiano em salas de história. Disponível em: https://docgo.net/philosophy-of -money.html?utm_source=a-formacao-da-consciencia-historica-de-alunos-e-professores-em-aulas -de-historia-pdf&utm_campaign=download Acesso em: 11/09/2018. SCHMIDT, M. A. M. S? GARCIA. OLIVEIRA, Thiago Augusto Divardi. Consequências da teoria da narrativa histórica para a didática da história: Algumas possibilidades para a práxis dos professores. In: XIV Congresso internacional das jornadas de educação histórica. Anais eletrônicos 13 à 16 de agosto de 2014, UFG, Goiânia e UEG, Cidade de Goiás, Goiás, Brasil. v.15, n.2, 2015 (p.7496 de 487). Disponível em: https://www.revistas.ufg.br/teoria/article/viewFile/33585/17756 Acesso em: 11/09/2018. ROCHA, Cristiane Gomes. Relações de produção, consumo e os impactos no meio ambiente e a saúde. Rio de Janeiro, 2010. BAUMAN, Zygmunt. Vida para o consumo: a transformação das pessoas em mercadoria. 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