A IMPORTÂNCIA DA ABORDAGEM DE QUESTÕES RELACIONADAS A AIDS NO CONTEXTO EDUCACIONAL PARA SENSIBILIZAÇÃO
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Resumo No início de sua descoberta, em 1980, a Aids (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) por muito tempo foi associada à uma doença restrita somente a pessoas promíscuas, gays ou usuários de drogas, e por esse motivo, a prevalência do preconceito e discriminação aos portadores do vírus eram constantes nesse período. No entanto, após algumas décadas várias descobertas e avanços clínicos surgiram em relação à temática, possibilitando aos portadores uma melhor qualidade de vida por meio de medicamentos mais eficientes e a garantia dos seus direitos sociais (PASCUAL, 2008). Contudo, mesmo com as grandes descobertas científicas e conquistas alcançadas, o número de indivíduos contaminados pelo vírus HIV tem sido bastante considerável no país, justamente, pelo fato de que a prática de relações sexuais tem se tornado cada vez mais precoce entre os jovens. Nessa fase, todas as mudanças no seu desenvolvimento podem alterar o seu processo natural de maturidade e formação, "trazendo curiosidades que levam os jovens a experimentar alguns comportamentos que fazem deles mais vulneráveis a riscos para a saúde, incluindo o aspecto sexual" (SILVA, 2015). Segundo Castro, Abramovay e Silva (2004), o número de casos de Aids diagnosticados encontram- se prevalentes em jovens entre 13 e 19 anos, e um dos motivos relacionados a essa questão é a falta de divulgação e sensibilização sobre a doença, provocando um aumento no índice de pessoas contaminadas pelo vírus HIV. Muitos dos adolescentes se sentem maduros para praticar relações sexuais, porém são inocentes diante da informação e prevenção. Há falta de diálogo sobre questões relacionadas à sexualidade no seio familiar, falta de esclarecimentos sobre a transmissão do vírus, preconceitos e tabus ainda existentes no meio social e a ausência de programas que abordem o assunto no âmbito educacional e que tornam os jovens cada vez mais suscetíveis a essa doença (CASTRO; ABRAMOVAY; SILVA, 2004). Além desses aspectos, o preconceito e a discriminação acabam sendo fator presente na vida dos jovens portadores, pois apesar de todos os avanços, a violência contra esses indivíduos encontra- se de diversas formas, uma delas é a exclusão social, ocorridas pelo medo, pela falta de conhecimento adequado ou equivocado sobre as formas de transmissão. É preciso sanar as dúvidas desses adolescentes, e com a vida sexual ativa tão cedo, a informação e conscientização tem que ser em massa, principalmente, nas séries finais do âmbito escolar. Com base nesses fatos, foi elaborado e aplicado um questionário com 14 perguntas sobre HIV/AIDS em seu contexto biológico e social nas séries de Ensino Médio do Colégio "Padre Otávio Moreira" em Marataízes-ES. A partir dos resultados observou-se que de 34 alunos 52,94% mostraram um bom conhecimento sobre as questões propostas. No entanto, algumas dúvidas em relação à convivência social e assuntos que não constavam no questionário foram levantadas. Através disso, foi possível perceber que apesar dos avanços, o preconceito ainda é um dos problemas que permanece presente, justamente pelo fato do tema ser pouco explorado no âmbito escolar. Embora os alunos da escola particular tenham se mostrado conhecedores das questões elaboradas no questionário, sabe- se que a AIDS é um assunto abrangente, que envolve tanto a questão biológica quanto a social. O número de jovens que vivem com o vírus HIV, no Brasil, é bastante considerável, e o preconceito e discriminação em relação aos portadores acabam afetando as relações sociais. Portanto, se faz relevante que a escola, junto aos professores e família, trabalhem com a finalidade de sensibilizar os adolescentes a respeito dos métodos de prevenção contra o risco de contágio da AIDS, por meio do uso de preservativos na relação sexual, evitando a transfusão de sangue contaminado, compartilhamentos de agulhas, seringas ou outros objetos cortantes, uso de medicamentos retrovirais, em caso de mães portadoras do HIV, impedindo assim, que a doença possa ser transmitida as futuras gerações. A isso, a escola torna-se meio preponderante para a abordagem desse assunto, visto que a mesma deve ser responsável para tornarem os alunos propagadores de idéias críticas, conscientes dos métodos de prevenção para controle da disseminação da Aids, além de que, cabe também aos professores a tarefa de orientação sexual, adotando práticas cada vez mais educativa e eficazes de sensibilização, preservação e além do combate a certos tabus e preconceitos em relação aos portadores do vírus. Palavras-chave: Aids, Prevenção, Preconceito. Referências CASTRO, Mary Garcia; ABRAMOVAY, Miriam; SILVA, Lorena Bernadete da. Juventude e sexualidade. UNESCO, Brasil, 2004, 426 p. PASCUAL, Alejandra. Preconceito e discriminação: violências não visíveis contra os portadores de HIV/AIDS no Brasil. In: Ministério da Educação. Direitos Humanos e HIV/ Aids: Avanços e perspectivas para o enfrentamento da epidemia no Brasil. Brasília, 2008, cap. 1, p. 25- 32. SILVA, Renan da. 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