Este artigo está sendo construído na Escola Municipal José Tomaz de Aquino localizada no município de Cuitegi/PB, teve início no ano de 2018, tendo como finalidade discutir entre autores a possibilidade de introduzir nas escolas como recurso didático os conhecimentos tradicionais locais, saberes de povos antigos que carregam consigo um conjunto de ideias sobre a natureza e seus elementos, além de uma imensa riqueza cultural passada entre seus povos por gerações. Logo, tais conhecimentos merecem ser propagados em todas as escolas para que o alunado possa ter contato com a riqueza de seus saberes locais que advém, principalmente, dos mais antigos, podendo ser os avós, bisavós ou, até mesmo, seus próprios pais. Desta forma, também entendemos ser interessante que possamos saber um pouco mais sobre outras heranças que compõem a nossa herança local, tais como as heranças e traços dos saberes culturais indígenas e africanos seja na culinária, na linguagem, na dança, na aparência física ou de alguma outra forma, entretanto, mesmo sabendo da contribuição desses povos para a formação do povoamento do nosso território e também da sua contribuição para nossa cultura, teremos enfoque nessa pesquisa apenas nos saberes locais pois é uma forma de aproximar o conteúdo do livro com a realidade dos alunos. Durante uma análise ao livro didático do 6° ano, percebemos que o assunto tratado e a questão das previsões do tempo onde justamente pode ser conciliado a cultura local de saber ler e interpretar a natureza através de sinais emitidos por ela é uma forma de adivinhar tempos futuros de chuvas ou secas é algum muito comum no Nordeste, é um estudo novo cujo as práticas são conhecidas como etnociência, um termo novo dado ao conhecimento popular local sobre a natureza e conhecido entre os populares por profetas da chuva, nome dado por eles mesmos: esses são principalmente agricultores que observam a natureza em suas localidades, ano após ano, com o intuito de organizar o trabalho no campo através da leitura dos sinais transmitidos pela natureza. Desta forma, temos como objetivo mostrar aos alunos do ensino fundamental uma forma mais prática de entender conteúdo do livro tempo/clima em uma linguagem mais popular, relacionando-o com a realidade local. Além disso precisamos conhecer para valorizar nossas raízes locais sobre a natureza. A vista disso, está sendo feito uma pesquisa de campo para conhecermos a questão tratada neste artigo de perto e também analisaremos o livro didático enquanto uma ferramenta para a construção deste artigo. Também buscamos fundamentação teórica em autorescomo Bastos (2013), Almeida; Silva; Serra (2010), dentre outros. Metodologicamente, utilizamos nesta pesquisa o método fenomenológico, para poder compreender melhor as vivencias e a cultura dessas pessoas que convivem em constante contato com a natureza tentando compreende-la. Como resultados preliminares, podemos ressaltar os desafios que os professores encontram para despertar o interesse do aluno em aprender determinados conteúdos e, diante disso, entendemos a importância de procurarmos romper com essa resistência, procurando, de alguma forma relacionar conteúdos tratados na aula com o cotidiano e vivência dos alunos e tentando trazer para cotidiano não apenas do aluno mas da escola também. Para entendermos melhor essa questão, Almeida; Silva; Serra (2010) ressaltam que dentre os diversos desafios que o educador enfrenta um dos mais importantes e relevantes é despertar o interesse e a atenção do aluno. Para que isso ocorra, a aula deve estar contextualizada com o espaço no qual a escola está inserida, pois quando o aluno percebe sua realidade fazendo parte do contexto da aula, este se sente mais motivado para os estudos. Ainda diante do resultados preliminares, a partir da pesquisa bibliográfica, percebemos que, infelizmente, os professores não conseguem trabalhar determinados assuntos e relacionar com a sua realidade e a de seus alunos, pois segundo Almeida; Silva; Serra (2010), os professores até concordam em dar importância à utilização dos conhecimento locais e alguns até afirmam usar esses conhecimentos. Entretanto, quando são perguntados sobre as características dos municípios onde trabalham, demonstram não ter conhecimentos sobre esses espaços. Desta forma, toma-se muito complexo trabalhar desta forma para alguns professores. Palavras-chaves: Saberes, tradicionais, tradicionais, escola