Artigo Anais VII ENALIC

ANAIS de Evento

ISSN: 2526-3234

FORMAÇÃO DOCENTE NA E PARA CONTEMPORANEIDADE: CONSIDERAÇÕES À PARTIR DO PIBID/PEDAGOGIA DA URCA

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Entende-se a autoformação como um processo permanente, autocrítico e participativo, de reflexão do sujeito como seu principal formador e responsável por seu aprendizado e desenvolvimento profissional e pessoal. Objetiva-se, portanto, identificar em quais aspectos a autoformação contribui na formação de professores atualmente, considerando que tais profissionais apesar de presentes no mesmo período histórico, têm suas ações ainda desconectadas da nova realidade. Neste trabalho utilizamos como referenciais teóricos Farias (2014), Galvani (2002), Gatti (2003), Nóvoa (1992), Perrenoud (2002), Pineau (1988) e UNESCO (1998). A pesquisa tem natureza básica, se caracteriza como exploratória e de abordagem qualitativa na qual realizou-se entrevista semiestruturada com a professora-facilitadora das oficinas de formação, realizadas no período de setembro e outubro de 2018. As oficinas foram realizadas em dois encontros nos quais: no primeiro dia os pibidianos (participantes do PIBID) construíram os seus brasões, representações simbólicas da sua identidade formada ao longo dos anos, envolvendo qualidades, defeitos, sonhos, frustrações e superações. No segundo dia foi proposto a criação de uma linha do tempo individual contendo os momentos mais marcantes da trajetória de cada um, realizando assim, uma retrospectiva e uma ressignificação da sua história de vida. Embora não seja o foco deste trabalho, faz-se necessário lembrar que foi através destas atividades que emergiram as reflexões iniciais na qual percebe a relevância das experiências dos graduandos na autoformação do professor-pesquisador, despertando sua curiosidade e desejo de aprimorar-se cotidianamente enquanto docente. Assim, a autoformação é colocada como base para a formação de professores no e para contemporaneidade, de modo a prepará-los para os desafios da educação desta nova concepção de sociedade. Ressalta-se, também, que o processo de autoformação docente na formação de professores destaca-se de modo a profissionaliza-los nas competências necessárias para atuar na educação do século XXI. Tais competências são observáveis no relatório da Comissão de Educação para o século XXI segundo à UNESCO (1996), que são os quatro pilares da educação: aprender a aprender, aprender a fazer, aprender a conviver e aprender a ser. Visto que esses pilares se concretizam no interior do indivíduo, sendo, portanto, uma construção interna, faz-se imprescindível o uso da autoformação, que leva o indivíduo à conhecer-se e aprimorar-se. A autoformação também faz-se presente nos conceitos encontrados ainda na segunda parte do relatório, de "educação ao longo da vida" e "sociedade educativa", pois, é observável que a formação contínua retratada como "educação ao longo da vida" e as boas relações do ser consigo mesmo, com os outros e com o meio, necessárias para uma "sociedade educativa", também são caracterizadores do processo autoformativo. Tais congruências foram também analisadas nas abordagens realizadas com os pibidianos, constatadas pela professora entrevistada. Foi percebido que os relatos de vida contidos nos brasões e nas linhas do tempo partilhados no grupo fortaleceram os laços sociais, o conhecimento de si e a relação com o mundo de cada pibidiano, relacionando-se expressivamente com as competências para o século XXI anteriormente retratadas. Concluímos que a autoformação é um processo complexo, permanente e necessário para a concretização de uma educação efetivamente inserida no contexto do século XXI e de um novo plano de formação docente, não sendo somente uma formação profissional, mas uma ressignificação do próprio ser, do conhecimento de si e das suas relações com os outros e com o mundo. Autoformar-se é, portanto, criar e recriar sua própria formação, moldando-se com as novas demandas de um mundo sempre em transformação. Palavras-chave: PIBID-Pedagogia, Autoformação, Formação de Professores, Contemporaneidade. Referências DELORS, Jacques. Educação: um tesouro a descobrir. Relatório para a UNESCO da Comissão Internacional sobre Educação para o século XXI. São Paulo: Cortez, 1998. P. 89-117. Disponível em: < http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ue000009.pdf/>. Acesso em: 23 set. 2018. FARIAS, Isabel Maria Sabino [et. al.]. Didática e docência: aprendendo a profissão. - 4. ed. Brasília: Líber livro, 2014. 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Publicado em 03 de dezembro de 2018

Resumo

FORMAÇÃO DOCENTE NA E PARA CONTEMPORANEIDADE: CONSIDERAÇÕES À PARTIR DO PIBID/PEDAGOGIA DA URCA Davi Mota Bezerra/davimtb2014@gmail.com/Universidade Regional do Cariri Amanda Melo de Lima/Universidade Regional do Cariri Silene Cerdeira Silvino da Silva/Universidade Regional do Cariri Luiz Carlos Carvalho Siqueira/Universidade Regional do Cariri Eixo Temático: (Formação inicial e continuada de professores - com ênfase na análise de experiência, programas e políticas.) Agência Financiadora: CAPES Resumo O presente trabalho é fruto do projeto intitulado "Sentir-Fazer a Docência-Discência na escola: o diálogo e a interdisciplinaridade entre as áreas de Língua Portuguesa e Matemática", desenvolvido no PIBID (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência) Pedagogia, da URCA - Universidade Regional do Cariri, que aborda a formação de professores através da autoformação, alinhando-a com a perspectiva de uma educação no e para o século XXI. Entende-se a autoformação como um processo permanente, autocrítico e participativo, de reflexão do sujeito como seu principal formador e responsável por seu aprendizado e desenvolvimento profissional e pessoal. Objetiva-se, portanto, identificar em quais aspectos a autoformação contribui na formação de professores atualmente, considerando que tais profissionais apesar de presentes no mesmo período histórico, têm suas ações ainda desconectadas da nova realidade. Neste trabalho utilizamos como referenciais teóricos Farias (2014), Galvani (2002), Gatti (2003), Nóvoa (1992), Perrenoud (2002), Pineau (1988) e UNESCO (1998). A pesquisa tem natureza básica, se caracteriza como exploratória e de abordagem qualitativa na qual realizou-se entrevista semiestruturada com a professora-facilitadora das oficinas de formação, realizadas no período de setembro e outubro de 2018. 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Assim, a autoformação é colocada como base para a formação de professores no e para contemporaneidade, de modo a prepará-los para os desafios da educação desta nova concepção de sociedade. Ressalta-se, também, que o processo de autoformação docente na formação de professores destaca-se de modo a profissionaliza-los nas competências necessárias para atuar na educação do século XXI. Tais competências são observáveis no relatório da Comissão de Educação para o século XXI segundo à UNESCO (1996), que são os quatro pilares da educação: aprender a aprender, aprender a fazer, aprender a conviver e aprender a ser. Visto que esses pilares se concretizam no interior do indivíduo, sendo, portanto, uma construção interna, faz-se imprescindível o uso da autoformação, que leva o indivíduo à conhecer-se e aprimorar-se. 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