Caracterizado como um ambiente de trocas de experiências, aquisição de conhecimentos e valores, o espaço educacional vem presenciando nas últimas décadas comportamentos indisciplinados e em alguns casos até agressivos. Essas mudanças de comportamento têm levantado diversas discussões sobre que estratégias podem ser utilizadas para minimizar os impactos destas questões no ambiente escolar. As oficinas integrativas se configuraram, portanto, como estratégias de compreensão sobre resolução pacífica dos conflitos. A utilização deste planejamento oportunizou a criatividade das partes envolvidas e conduziu a análise da melhor opção para resolver o conflito. O projeto de extensão em mediação de conflitos escolares desenvolvido numa escola pública municipal de Acarape-Ceará, objetivou colaborar com a construção e o fortalecimento da cultura de paz. Foram realizadas três oficinas integrativas com as temáticas: Círculo Restaurativo e Cultura de Paz, Estatuto da Criança de do Adolescente (ECA), Mediação de Conflitos Escolares. Cada momento vivenciado foi registrado em um diário de bordo. A linguagem artística e cultural assumiu um importante papel no processo de mediação construído entre os sujeitos, ajudando-os a exercitar de maneira criativa a leitura do mundo que os cerca e ao mesmo tempo a capacidade de traduzir das mais diferenciadas maneiras possíveis os seus sentimentos e aspirações. A utilização da mediação como alternativa para reduzir os conflitos na escola colaborou para a construção de um novo paradigma de formação, em que docentes, discentes, pais e a comunidade escolar trabalham em um espírito colaborativo pelo bem comum. É importante ressaltar que as oficinas dialogaram de maneira permanente com os desafios que emergiram no cotidiano da escola ao longo da realização do projeto e com as atividades propostas no planejamento anual da instituição, com vistas à construção de uma relação ecológica das atividades.