LIMA, Glaubervania Alves et al.. . Anais III JOIN / Edição Brasil... Campina Grande: Realize Editora, 2017. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/index.php/artigo/visualizar/50023>. Acesso em: 22/11/2024 17:07
Introdução: A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que um terço da população mundial esteja infectado por Mycobacterium tuberculosis. A Rede Brasileira de Pesquisa em Tuberculose constata que nos últimos anos observou-se em várias regiões, um aumento expressivo do número de casos de TB. Objetivo: O trabalho visou identificar os índices de óbitos por Tuberculose nas macrorregiões de saúde do estado do Ceará, fazendo correlação com sexo, faixa etária e grau de escolaridade. Métodos: Trata-se de um estudo transversal com abordagem analítica dos óbitos por tuberculose ocorridos no estado do Ceará no período entre janeiro de 2005 a dezembro de 2014. A análise dos dados foi feita a partir do DATASUS (Departamento de Informática do SUS), utilizando a ferramenta TABNET, referente aos óbitos por tuberculose, nas macrorregiões de saúde: Grande Fortaleza, Sobral, Cariri, Sertão Central e Litoral Leste/Jaguaribe, e foram discriminados por sexo, faixa etária e escolaridade. Resultados: No Ceará ocorreram 1.648 óbitos do sexo masculino e 743 do sexo feminino no período de 2005 a 2014. Enquanto as mulheres representaram 31,7% do número total de óbitos, os homens responderam por 68,93%. Em relação à faixa etária, o maior número de óbitos do sexo masculino ocorreu entre 40 a 59 anos. Confirmando a tendência do país de que os homens, nessa faixa etária, morrem mais por TB do que as mulheres. Já entre as mulheres a maior prevalência ocorreu entre 50 a 59 anos. Em relação à escolaridade, 26,87% das pessoas que morreram por TB não tinham nenhuma escolaridade, 21,90% de 1 a 3 anos, 16,09% de 4 a 7 anos, de 5,35% de 8 a 11 anos e 1,50% 12 anos ou mais. Conclusões: Encontramos que os óbitos por TB estão diretamente relacionados ao nível de escolaridade, visto que, quanto menor o grau de escolaridade, maior o número de óbitos. A Tuberculose continua fazendo suas vítimas ao longo do tempo, o que nos leva a constatar a necessidade de uma atenção especial dos profissionais da saúde e da sociedade em geral, a fim de que se consiga identificar os pontos críticos que precisam ser abordados, visto ser uma doença que tem cura quando diagnosticada e devidamente tratada precocemente.