Diabetes Mellitus (DM) é considerada, atualmente, uma doença de alta prevalência, tendo apresentado dimensões epidêmicas nos últimos anos. Assim, em 2015, um em cada 11 pessoas tem diabetes, sendo equivalente há 415 milhões de pessoas, e, em 2040, um em cada 10 adultos terá diabetes, correspondendo ao 642 milhões de pessoas. O propósito deste estudo foi o conhecimento de adolescentes com Diabetes Mellitus Tipo 1 acerca da patologia. Assim, foi feito o seguinte questionamento: Qual a relação entre o conhecimento dos adolescentes com Diabetes mellitus tipo 1 e sua implicação na prática do processo contínuo de autocuidado? Dez adolescentes com diabetes participaram desse estudo no Ambulatório de Especialidade Endócrina do Hospital Universitário Walter Cantídio, na cidade de Fortaleza – CE, no ano de 2016. Os dados foram obtidos por meio de entrevistas, com apoio de um formulário com roteiro semi-estruturado, contendo as variáveis relacionadas às características sóciodemográficas e clínicas, os conhecimentos sobre a patologia, as questões relacionadas ao autocuidado e barreiras enfrentadas. Como resultados emergiram dos discursos cinco categorias: Conhecimento sobre a doença, Pilares do tratamento, Complicações agudas, Insulinoterapia e Barreiras. Na primeira categoria, observamos que o não conhecimento da fisiopatologia da doença pode interferir de forma direta ou indireta em todo o processo terapêutico e de adesão ao tratamento. O estudo revelou que considerar o conhecimento, as dificuldades e as particularidades dos jovens com diabetes é fundamental para a atuação de profissionais na área da saúde.