A maioria das gestações transcorre sem intercorrências, caracterizando-se como um período de higidez da mãe e do concepto. Entretanto, parte das gestantes pode apresentar complicações de elevado risco de morbidade e mortalidade materna e fetal, como a Síndrome Hipertensiva Específica da Gravidez (SHEG). Vários fatores concorrem para o desenvolvimento da SHEG, sendo um dos principais fatores a obesidade. Para diagnosticar alterações no estado nutricional das gestantes, é preciso habilidade de raciocínio e julgamento clínico por parte do enfermeiro, o que consiste no diagnóstico de enfermagem. Um diagnóstico de enfermagem relacionado a este desequilíbrio nutricional é o Diagnóstico de Enfermagem (DE). Diante do exposto, a relevância deste estudo consistiu em pesquisar uma situação vivenciada continuamente pelas gestantes que é a nutrição desequilibrada, cuja uma das principais consequências é SHEG. Nesse contexto, a presente pesquisa procurou responder as questões: Qual a prevalência do DE em estudo em gestantes com SHEG? Quais as principais características definidoras e fatores relacionados ao DE em gestantes com SHEG? Assim, almejou-se verificar a prevalência do DE em gestantes com SHEG e identificar as principais características definidoras e fatores relacionados ao DE em gestantes com SHEG. Realizou-se um estudo transversal, descritivo-exploratório, desenvolvido em um hospital terciário de referência no Ceará, nas áreas de Clínica Médica, Cirurgia, Ginecologia, Obstetrícia e Neonatologia de outubro a novembro de 2016. Participaram 52 gestantes com SHEG acompanhadas ambulatoriamente no pré-natal de risco da referida instituição hospitalar. A pesquisa evidenciou que o enfermeiro que trabalha na atenção básica tem papel fundamental, tanto por oferecer a consulta de enfermagem ao pré-natal, oportunidade de monitorar o estado nutricional e dar orientação individual à gestante de acordo com suas particularidades, quanto por desenvolver atividades grupais de educação em saúde, que abordem este tema. O enfermeiro tem, ainda, amplo contato com a clientela feminina nas demais ações que realiza, voltadas a atenção integral à saúde da mulher, podendo tomá-las como espaço para promover a alimentação saudável e o incentivo à atividade física, como estratégias para a manutenção do IMC nos parâmetros de normalidade. Sugere-se a realização de novos estudos sobre o DE em pauta, uma vez que ainda é pouco explorado.