Em ambientes fechados, onde a presença humana é constante e que não possui condicionadores de ar seja por razões econômicas ou técnicas, rapidamente se torna um ambiente termicamente desconfortável, mesmo considerando-se a utilização de ventiladores. Uma forma de reduzir este desconforto é permitir a renovação do ar. Ocorre que este novo ar pode ter ainda uma condição de temperatura ainda desconfortável. Em muitas cidades do interior do Brasil é muito comum a utilização de quartinhas de barro para armazenar água. Estas quartinhas devido ao processo de fabricação, possui características físicas que permitem a manutenção da temperatura da água armazenada em níveis agradáveis para consumo. O objetivo deste trabalho foi investigar a viabilidade de utilização de objetos de barro, associados a uma ventilação forçada para melhorar o conforto térmico de ambientes fechados. O princípio baseia-se no processo redução da temperatura do ar a partir da evaporação de moléculas de água da superfície de um reservatório de barro. Para tal foi realizado dois experimentos em ambiente controlado. No primeiro foi utilizado um copo de barro contendo água. No segundo foi utilizada uma panela também contendo água. Em ambos os experimentos se forçou um fluxo de ar ao redor das superfícies externas dos reservatórios. A temperatura e a umidade do ar antes e depois de passar pelos reservatórios foram registradas por um sistema de aquisição de dados. Os resultados iniciais indicaram uma faixa de redução de temperatura de -0,6 a -1,1 ºC e um aumento da umidade relativa de +4,9% a +7% no caso do copo. No caso da panela apresentou faixa de -0,7 a -1,3 ºC e de +6,6% a +8,7%. O tempo de realização do experimento foi de 2 horas em dois dias para cada reservatório.