Introdução: O envelhecimento é um triunfo do desenvolvimento. As pessoas vivem mais em razão da melhoria na nutrição, nas condições sanitárias, nos avanços da medicina, nos cuidados com a saúde, no ensino e no bem-estar econômico (SEMEDO et al, 2016). Durante esse processo ocorrem mudanças morfológicas, fisiológicas, bioquímicas e psicológicas com o aparecimento de diversas doenças, destacando-se a depressão, que se trata de uma síndrome psiquiátrica multifatorial, com sintomas psicológicos, comportamentais e físicos que eleva o índice de morbidade e mortalidade entre a população idosa (TREVISAN, 2016). Metodologia: Trata-se de um estudo de revisão bibliográfica sobre a produção científica existente sobre os fatores de risco relacionados á depressão na terceira idade. Para isso os descritores foram selecionados a partir da terminologia em saúde consultada nos Descritores em Ciências da Saúde (DECS), sendo eles: “idoso”,"depressão” e “fatores de risco”. Utilizou-se artigos encontrados nas bases de dados BVS, LILACS e SciELO no período de 2013 a 2017. Resultados e discussão: Segundo a literatura utilizada a depressão é um transtorno mental comum, acomete 1 a 2% dos idosos em geral, mas 10 a 12% daqueles que frequentam ambulatórios ou centros de saúde, podendo estar ou não associadas a doenças físicas. Mesmo sendo tão comum é possível concluir com base na literatura que é um problema pouco diagnosticado, devido a falta de preparo científico e sensível dos profissionais que trabalham com essa população. Os principais sintomas da depressão evidenciados foram: diminuição da capacidade de concentração, fadiga acentuada, insônia, falta de apetite, perda de interesse pelas coisas que antes eram prazerosas (anedonia), baixa autoestima, insegurança, isolamento social, humor depressivo, sentimento de culpa e tentativa de suicídio. Com relação aos fatores desencadeadores da depressão existem os de caráter endógeno, que são alterações de neurotransmissores, porém, a grande maioria dos artigos apontam principalmente para os fatores de caráter ambiental reativo , como por exemplo, uma perda financeira grave, fim de um relacionamento, o isolamento social ou uma doença incapacitante, as experiências vividas no processo de envelhecimento como a viuvez, a aposentadoria, a auto-imagem negativa, entre outros. Com relação aos principais cuidados associados ao tratamento medicamentoso podemos listar: a observarção da continuidade do uso da medicação, a percepção do esforço do idoso á mudanças de comportamento, e a estimular a realização de novas atividades, promovendo o autocuidado além de incentivar o apoio da família e da comunidade. Conclusão: Apesar de ser comum a depressão não faz parte do envelhecimento, e pode ser prevenida e tratada , daí a importância do seu diagnóstico e tratamento precoce. Nesse sentido, a equipe multiprofissional assume um papel fundamental, desenvolvendo cuidados holísticos para prevenção ou tratamento do agravo. O estabelecimento de metas, a escuta, a interação com intuito de tornar o paciente consciente do seu papel de autocuidador, o estabelecimento de uma relação equipe-paciente onde o indivíduo se sinta valorizado, são atitudes esperadas dos profissionais que assistem pacientes idosos em risco ou acometidos pela depressão.