Emergindo como produto das transformações sociais, políticas e econômicas, que são altamente dinâmicas, as modificações do currículo escolar dimensionam-se conforme o contexto histórico vigente. Porém, resistentes a esses eventos, o conjunto de práticas didático-metodológicas que consolidam as aulas permanecem transmitindo e mimetizando comportamentos culturais de séculos atrás. Enquanto direcionador do processo de ensino e aprendizagem em ciências, o professor objetiva construir e facilitar o conhecimento sólido, atualizado e fundamentado no aluno, e por mais que não se conheça um profissional que discorde deste enunciado, poucos são os que priorizam o aprendizado do raciocínio e da lógica. Vigentes nos dias de hoje, as concepções de ciência de maior contribuição histórica são: a concepção racionalista, que considera saberes adormecidos nos indivíduos, predomínio da razão e aptidão inata do aluno; a concepção empirista que valoriza a experiência captável pelo sentido, método científico, aponta a hipertrofia da dimensão metodológica , obscurecendo o papel do raciocínio e criatividade; e concepção construtivista, que se valida do papel ativo do sujeito na construção de suas estruturas cognitivas. Nesse contexto, são evidentes as complicações no ensino e aprendizagem das disciplinas científicas, podendo ser elaborados os seguintes questionamentos: quais as concepções de ciências apresentadas pelos alunos durante o ensino superior e básico? Como repercutem na aprendizagem? Que concepções os alunos enxergam em seus professores? Como isso pode impactar no processo de ensino-aprendizagem? De forma mais específica objetiva-se: a) caracterizar as principais concepções de ciências; b) identificar as concepções de ciências apresentadas pelos alunos do ensino superior c) caracterizar a repercussão das concepções de ciências apresentadas pelos alunos do ensino fundamental no processo de ensino e aprendizagem.