Esse estudo objetivou avaliar a satisfação profissional dos Enfermeiros atuantes nos CAPS. A relevância deste está pautada na importância de conhecer as demandas dos enfermeiros que atuam nos CAPS. Tratou-se de um estudo exploratório, transversal de natureza quantitativa realizado no período de setembro a dezembro de 2016 em 14 Centros de Atenção Psicossocial localizados na cidade de Fortaleza, estado do Ceará, Brasil. A população foi constituída por 33 enfermeiros assistenciais atuantes nos Centros de Atenção Psicossocial. O estudo respeitou os preceitos éticos para pesquisas com seres humanos, sendo aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa sob parecer número 1.498.082. Para a avaliação do nível de satisfação profissional dos enfermeiros, aplicou-se questionário tendo perguntas com respostas baseadas na escala de Likert de 1 a 5, apresentando respostas que variavam entre concordo totalmente e discordo totalmente. A primeira questão, intitulada “Acredita que sua formação profissional e acadêmica é suficiente para exercer seu trabalho?”, 39,4% dos enfermeiros discordavam desse aspecto, seguidos de 42,4% concordantes com a pergunta, 6% concordando totalmente e 12,1% com posicionamento neutro. A segunda pergunta era: “Tem vontade de continuar os seus estudos na área de saúde mental?”, e obteve como resultado: 81,8% dos enfermeiros indicando concordar totalmente ou somente concordo com a pergunta; 15,1% demonstraram posicionamento neutro e apenas 3% discordou dessa pergunta. A terceira pergunta questionava “Sente-se cansada (o) com o trabalho que exerce?”. Os resultados indicaram 30,3% dos enfermeiros concordando com a pergunta e 3% de concordância total. 18,2% ficaram neutros e 48,4% discordaram ou discordaram completamente. A quarta questão indagava “Seu trabalho oferece chances de crescimento?”. Apenas 15,1% dos enfermeiros concordaram ou concordaram totalmente com essa afirmação, com outros 15,1% apresentaram posicionamento neutro. 69,6% dos enfermeiros discordaram ou discordaram totalmente nessa questão. A questão cinco questionava sobre a opção por saúde mental e se a escolha ocorreu de acordo com o desejo profissional dos enfermeiros. Os resultados indicaram que 72,7% dos entrevistados concordaram ou concordaram totalmente com esta afirmativa, 18,2% tiveram posicionamento neutro e 9% discordaram ou discordaram totalmente. A sexta questão tinha linha de raciocínio próxima a anterior. Quanto à sétima questão, intitulada “Encontra-se realizado com a profissão e função que exerce?”, 33,3% dos enfermeiros concordaram totalmente, 39,4 concordaram, 15,1% foram neutros e 12,1% discordaram ou discordaram totalmente. A última questão tratava sobre ansiedade dos enfermeiros e abordava o tema da seguinte forma “Sente-se ansioso em relação a sua atuação profissional ou atividades exercidas?”. Foram encontrados como resultados 33,3% de concordância ou concordância total com o questionamento, 27,3% com posicionamento neutros e 39,4% discordaram ou discordaram totalmente da pergunta. A pesquisa mostra que no que tange à satisfação profissional, inúmeros entrevistados alegaram sentirem-se ansiosos com suas atividades e cansados com o trabalho exercido, o que permite inferir que muitos desses enfermeiros estão tendo acentuado desgaste emocional. Assim, faz-se necessário a execução de estudos que tenham o foco essa população e sua qualidade de vida.