Esse artigo se propõe a caracterizar e discutir o método da complexidade em suas potencialidades para a aprendizagem da ciência, tomando por referência o pensamento de Edgar Morin. A questão proposta relaciona-se ao projeto epistemológico moriniano de reformar os princípios que embasam e sustentam o pensamento da modernidade ocidental. Para essa pesquisa, de caráter teórico-bibliográfico, apropriamo-nos de fontes escritas de Edgar Morin e estudiosos da sua obra, selecionadas por critérios de pertinência e importância para o desenvolvimento do tema. Adotamos uma abordagem metodológica analítico-reflexiva na organização, categorização e interpretação das fontes bibliográficas, sem desconsiderar a necessária abertura e flexibilidade metodológica que o próprio pensamento complexo exige. Entre os resultados da pesquisa, mostramos de que modo a ideia de método é retomada como perpassando o projeto da ciência moderna acidental e apontamos para uma compreensão de ensino-aprendizagem, na reconfiguração de uma ideia cara à educação contemporânea, para a qual em qualquer projeto de formação não se deve separar a ciência das determinações existenciais que concedem sentido às experiências vividas.