Refletir as condições de opressão, descrença e desvalorização da mulher durante toda a história ultrapassa o conceito de fragilidade feminina, e ganha verdadeiro significado no âmbito da construção de uma sociedade terminantemente machista e patriarcal. Tendo em vista a longa trajetória de luta para sair da invisibilidade, muitos obstáculos parecem vencidos, outros nem tanto. Apesar de tudo, os avanços a longo prazo não eliminam os problemas de inclusão e igualdade, pois, foram abafados pelos padrões sociais que subjugam as competências femininas. A mulher diante de postos hierarquicamente masculinos, manifestações de resistência e, ao que parece, a constante busca por valorização e respeito. O presente artigo, tem o objetivo de apresentar uma breve reflexão das relações de gênero no que se refere a crença da fragilidade feminina; suas relações sociais e de poder enquanto fator cultural; e as forças figurativas que giram em torno da dominação masculina. Procurou ainda, abordar as diversas manifestações de violência simbólicas que tentam justificar a primazia da identidade máscula na sociedade. Com base em autores como Judith Butler e Pierre Bourdieu, abordaremos temas que nos levam à reflexões sobre as dominações e a postura da mulher diante da subtração do seu papel enquanto cidadã. Notou-se as contradições das relações entre homens e mulheres e a idealização de uma vulnerabilidade biológica. Trata-se de uma pesquisa qualitativa de natureza bibliográfica.