Resumo: A aceitação da família para com a revelação dos sujeitos homossexuais ainda é bastante preocupante, e um tabu bastante evidente nas famílias tradicionais. O objetivo desse trabalho é analisar a forma de aceitação da família de Elio Perlman, personagem principal, diante da sua homossexualidade no filme Me Chame pelo seu nome (2017). A história se passa em 1983 no norte da Itália e tem como núcleo as férias de Elio, que é o único filho da família norte-americana com ascendência italiana e francesa, um adolescente de 17 anos que todo o verão vai com sua família burguesa para sua casa de férias, e que acaba apaixonando-se pelo o amigo do seu pai, o Oliver. As relações entre Elio e Oliver crescem, e a urgência do desejo mútuo faz com que seus corpos sejam colocados frente a frente, assim cedendo ao desejo. O filme é um romance de formação, testemunho, permeado de sensibilidade e demonstração de afeto e desejo. O personagem Elio não retrai seu sentimento e não tem vergonha do seu desejo, pois tem a consciência de que sua família possui muita educação e lhes deram muito amor para não compreenderem tal sentimento tão latente. A aceitação do seu pai, professor Pelman, através de um monólogo é um ponto crucial no filme, cheio de aceitação e acolhimento. Desse modo, nossa análise conclui que a aceitação familiar é um dos pêndulos mais importantes para a construção do sujeito homossexual, assim fortalecendo os laços afetivos.