O presente trabalho tem como escopo analisar questões atinentes à divisão sexual do trabalho. Há uma relação de subordinação da mulher no âmbito familiar, costumeiramente incumbida das atividades domésticas e não remuneradas, por sua vez no espaço público, há uma supremacia masculina, send os homens sujeitos provedores e produtores. A diferença sexual, ou de gênero, é sobremaneira uma construção social e política, e não essencialmente natural, como historicamente somos induzidos a crer. Historicamente se garantiu o posicionamento do gênero masculino no centro social, relegando ao feminino um papel secundário, hábil tão somente a prestar o aparato familiar necessário para que os homens desenvolvessem seu potencial no setor público. Vislumbrando esta situação, e consciente de que apenas se costuma considerar como trabalho aquelas atividades remuneradas e produtivas, desenvolvidas no setor público, o labor doméstico desempenhado fundamentalmente pelas mulheres se torna subalterno, excluído ao contexto social de direitos e liberdades. Faz-se necessário repensar esta dicotomia entre publico e privado, modificar as relações sociais e valorizar o trabalho feminino remunerado ou não remunerado.