O Índice de qualidade de Dickson (IQD) emprega em sua formulação parâmetros de altura, diâmetro do caule e biomassa, sendo possível obter informações sobre a qualidade das plantas, em contrapartida, isto requer a destruição dos tecidos vegetais. È necessário a definição de indicadores não destrutivos de qualidades de mudas para formação de referenciais em projetos de produção de mudas. Portanto, este trabalho teve como objetivo verificar a correlação entre as características morfológicas, altura e diâmetro do coleto, no Índice de Qualidade de Dickson. O experimento foi realizado em casa de vegetação com 30% de sombreamento no período de outubro de 2017 a fevereiro de 2018. O delineamento experimental foi de blocos ao acaso com três plantas por parcela e três repetições. Os tratamentos consistiram em sete diferentes combinações de superfosfato simples (300 mg dm-3), micronutrientes quelatizados (70 mg dm-3) e composto orgânico (0,25 dm dm-3), e o tratamento controle. As sementes, coletadas de diversas matrizes na cidade de Upanema-RN, foram submetidas a escarificação manual com lixa e semeadas 5 unidades por saco plástico de 1,8 dm3 contendo solo local com adição de diferentes fontes de nutrientes. Após 18 dias da semeadura, realizou-se o desbaste, deixando apenas uma planta por saco, e ao 98º dia foram medidas a altura, com o auxílio de uma régua graduada em centímetros, e o diâmetro do coleto com um paquímetro digital. O material foi seco em estufa de circulação de ar forçada a 65°C por 72 horas e, em seguida foi realizada a pesagem em balança analítica (0,0001 g). O diâmetro do coleto mostrou forte correlação positiva com o IQD, 88%, mostrando que é um indicador de qualidade de mudas de jurema-de-embira com potencial semelhante ao IQD. A altura apresentou correlação insignificante com o IQD, de 24%, o que torna o seu uso questionável como indicadora de qualidade de mudas de M. ophtalmocentra.