Desde o começo do século XX a população brasileira possui veículos que possibilitam a difusão do conteúdo científico. No século XXI, esse conteúdo pode ser encontrado em diferentes meios para diferentes públicos devendo, dessa forma, mostrar-se adequado ao público específico. Para alcançar o público leigo e não especializado, faz-se de suma importância a presença de produtos de Divulgação e Jornalismo Científicos disponíveis na sociedade, pois estes são os mais adequados estruturalmente a atender uma gama maior de pessoas. O corpus da pesquisa definido inicialmente inclui 12 volumes da revista Superinteressante, referentes a cada mês do ano de 2012. Utilizou-se o referencial da Análise de Conteúdo de Bardin. A primeira etapa contou com a identificação dos termos-chave de cada texto, e posteriormente formularam-se os índices, indicadores e categorias, identificando as unidades de registro de cada edição da revista. A partir desta metodologia, houve a análise das unidades de registro, em que foi possível identificar diferentes expressões presentes dentro dos textos do uso do termo da evolução, dentro de ambos os contextos, o biológico e o não-biológico. Os indicadores formados foram ‘padrões evolutivos’ e ‘processos evolutivos’, e o indicador ‘processos evolutivos’ fez-se presente no contexto não-biológico, por conta de a evolução ser entendida como sinônimo de transformações ou progresso. Foram encontrados registros do termo sendo divulgado em diversas seções da revista, desde matérias longas a propagandas. Percebeu-se que o uso do termo assumiu diversas facetas, que podem gerar interpretações equivocadas sobre o que é evolução orgânica, ao inserir, de fato, sugestões de melhoria em diferentes seções da revista.