Pensar em uma educação que alcance a todos vem sendo tema obrigatório no meio acadêmico e rodas de conversa dentro e fora das escolas. Nesse sentido, essa pesquisa situa o TDAH no contexto da Educação Especial (EE) e na perspectiva da inclusão, à medida que suas características podem levar ao fracasso escolar, em diversas instâncias, e a outros problemas. Com base na hipótese de que o conhecimento superficial sobre o assunto predomina no ambiente escolar e comunidade em geral e vem sendo responsável pela invisibilidade do aluno com o transtorno, objetiva-se instrumentalizar o professor para a suspeição do mesmo e devidos encaminhamentos. Assim, pretende-se minimizar os prejuízos que marcam a escolarização e a vida da pessoa com TDAH. Para tanto, foi feita uma revisão de literatura relativa à produção sobre TDAH nos últimos 10 anos, à legislação vigente e à temática da Inclusão. A fim de confirmar a hipótese sobre o conhecimento superficial em relação ao TDAH entre docentes e futuros professores (alunos do curso de Formação de Professores) foi realizada uma pesquisa on-line, pela plataforma Survey Monkey, antes e após curso sobre o tema. Em visita a algumas escolas municipais de Cachoeiras de Macacu/RJ, professores da Educação Infantil e Anos Iniciais, receberam um link do questionário, por mensagem de texto. Foi possível observar quanto à formação dos professores, que 23% têm nível médio, 40% graduação em andamento e 23% especialização. Entre eles, apenas os sintomas clássicos do TDAH (hiperatividade, déficit de atenção e impulsividade), são conhecidos da maior parte dos entrevistados e 23% credita à problemas familiares e falta de educação/controle, comportamentos inadequados e dificuldades escolares. Entre os alunos do quarto ano do curso de Formação de Professores da Escola Estadual Professora Maria Zulmira (2016), os resultados foram semelhantes embora o sintoma clássico mais citado tenha sido a desatenção (88%), enquanto a hiperatividade e a impulsividade foram citados por 64% dos estudantes. A revisão de literatura confirma as características já conhecidas do TDAH em diferentes tempos históricos, espaços geográficos e culturas, e os prejuízos que podem causar, em termos acadêmicos e sociais, na falta de tratamento adequado.