OBJETIVO: levantar o perfil vocal de docentes descrito na literatura científica. MÉTODOS: Para formulação da pergunta para a revisão, utilizou-se a estratégia P.V.O., em que P corresponde à população, contexto e/ou situação problema, V às variáveis e O ao desfecho, culminando na seguinte questão norteadora: “Quais as características vocais que compõe o perfil de voz do professor na literatura atual no Brasil? ”. Os artigos foram pesquisados em bases de dados, devendo estar com o texto completo na íntegra, em português brasileiro e abordar a temática da revisão. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Seguindo os critérios de elegibilidade, foram selecionados um total de 33 artigos. Houve um predomínio de mulheres nas amostras dos estudos, a média de idade foi de 42 anos, os principais sintomas vocais relatados foram: rouquidão, fadiga vocal, esforço ao falar, pigarro, dor na garganta, secura na garganta, coceira na garganta, garganta irritada, queimação na garganta, sensação de bolo na garganta, falta de projeção vocal, falha na voz e perda da voz. O ruído em sala de aula também se mostrou constante nos artigos estudados, além da presença de hábitos nocivos a voz como o consumo de álcool e o fumo. Nota-se que os docentes não têm acesso à informação e prevenção sobre a saúde vocal, o que pode contribuir para a prevalência desses sintomas, além de não possuírem educação vocal em sua formação. CONCLUSÃO: Os professores, em sua maioria, apresentam um grande número de queixas vocais. Percebe-se a necessidade de uma atenção diferenciada a este profissional, afim de compreender a atuação do professor em suas demandas e contextos, bem como o impacto dessas questões em sua voz, seu principal instrumento de trabalho. Além de suscitar o questionamento acerca da educação vocal para os docentes.