Os dados dos Índices da Educação Básica de 2010 divulgados pelo Ministério da Educação fora o pior fluxo a nível nacional, a Secretaria Estadual de Educação do Estado do Rio de Janeiro implementou o “Programa Autonomia” que tinha como objetivo reduzir a distorção série-idade e com isso corrigir o fluxo escolar das Unidades, reunindo em grupos alunos que tinham em seu histórico a repetência. A partir da política de aceleração projetada pelo Programa Autonomia temos como objetivo neste trabalho descortinar uma política de aceleração que ocorreu no período de 2012 e 2013 no Colégio Estadual Dom Pedro de Alcântara para que possamos saber onde estão e o que fazem os egressos deste projeto. Como objetivos específicos buscaremos compreender se de fato a política pública de aceleração atingiu nesses alunos a formação básica do cidadão que a LDB nº 9394/96 propõem; Verificar se a proposta do Programa atendeu aos anseios desses alunos; E que perspectivas de cidadania o “Programa Autonomia” trouxe para o alunado. Baseado em uma pesquisa de cunho qualitativa, buscamos reunir os egressos do Programa que pudessem contribuir com respostas, por meio de entrevistas, e assim alcançarmos os objetivos previamente traçados. A partir das contribuições dos egressos, verificamos que as categorias subjetividade e identidade ficaram claras nos relatos dos entrevistados, bem como a relação entre educação e trabalho. Nesse contexto, consideramos que apesar das políticas terem com horizonte a melhora dos índices e a diminuição da distorção entre série e idade, o ensino e aprendizagem vão além dos números. Acreditamos que as relações nas escolas são complexas e por isso vão além do horizonte cognitivo ou normativo. De certo que em meio ao contexto entrará em jogo esperanças e frustrações na construção de identidade de muitos jovens, que inicialmente tem apenas como intuito a conclusão do ensino médio.