O presente artigo tem como objetivo apontar práticas de transfobia escolar e suas devidas consequências. A base teórica utilizada para desenvolver o assunto foi inspirada em Audad (2006), Bento (2008), Carvalho (2009), Ferreira (2009), Junqueira (2009), Santana (2017), entre outros. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, do tipo estudo de caso, na qual realizamos uma entrevista semiestruturada com uma aluna transexual de uma instituição pública de ensino. No desenvolvimento do texto, explicamos as características do modelo da sociedade brasileira, o comportamento da família em relação as questões de gênero e o posicionamento da escola enquanto instituição de ensino que promove o desenvolvimento da aprendizagem e deve contemplar a diversidade, os direitos humanos, a multiculturalidade, entre outras questões que se dizem respeito à educação. Em seguida, abordamos a questão de gênero com seu significado no minidicionário Aurélio e o conceito assumidos pela sociedade. Mencionamos também a diferença entre identidade de gênero e orientação sexual, afim de esclarecer possíveis dúvidas relacionadas ao tema. Posteriormente, ressaltamos as várias definições e nomenclaturas dadas as pessoas transexuais assim como as suas diversas lutas enfrentadas perante a sociedade, incluindo violência, falta de atendimento médico, negação de direitos básicos entre outros. Assim, os resultados da pesquisa contribuem para evidenciar que na escola, lugar onde deveria promover uma educação de qualidade, que forme indivíduos prudentes, solidários, que respeitem e valorizem a diversidade humana, se torna um ambiente que tenta excluir pessoas não as tratando igualmente, privando de direitos básicos e reforçando a ideia de preconceito e padronização de culturas imposto pela sociedade tradicional que internaliza parâmetros sexistas.