Esse trabalho foi pensado como oportunidade de relatar experiências acadêmicas de bolsistas do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) do curso de Ciências Sociais (licenciatura) da Universidade do estado do Rio Grande do Norte (UERN) que, durante uma atividade do programa, perceberam-se como orientadores de projetos de pesquisa nas Feiras de Ciências nas escolas parceiras e se depararam com o desafio de provarem a cientificidade dos projetos escolhidos pelos alunos. Os projetos que o os bolsistas do PIBID orientariam seriam todos de temas que perpassam a Sociologia e as ciências humanas, causando desde então espanto por parte da equipe escolar, que não estava acostumada com essa possibilidade: apresentação de trabalhos científicos que não são catalogados nas grandes áreas das ciências naturais ou exatas e que iriam problematizar o próprio cotidiano escolar. A prática pedagógica aliada à pesquisa foi analisada como base para pensar a Feira de Ciência enquanto espaço em que existe colaboração e organização para se entender a pesquisa e alcançar novas possibilidades de conhecimento. O objetivo desse trabalho não é questionar as metodologias utilizadas pelos alunos que fizeram a pesquisa ou somente como eles foram orientados pelos universitários. Nosso objetivo é apresentar a importância da Sociologia na feira de Ciências e na pesquisa no ensino médio. Além do desenvolvimento de um olhar mais crítico e consciente, a pesquisa social se torna uma forma alternativa de avaliação de conhecimento e atividade escolar. O aluno tende a criar o hábito da leitura e escrita para registrar o que observou. Mostrando mais uma vez que a importância da Sociologia transcende os limites de uma disciplina monolítica e ajuda os alunos a pensarem cientificamente.