Este texto trata da investigação acerca da trajetória de egressos do curso de Pedagogia/UEPB/Campus I. Tal investigação encontra justificativa não apenas por constituir-se numa pesquisa na área de formação de professores, uma área bastante explorada, mas não exaurida, dada a complexidade do tema, mas também por investigar o destino profissional de egressos do curso em tela e, ainda, por traçar um quadro das possíveis motivações que impulsionaram os sujeitos investigados a optarem pelo curso de Pedagogia na UEPB, há ainda que se considerar, as prescrições legais atribuídas à formação do pedagogo e as exigências do mercado de trabalho. Os dados são considerados úteis para a organização do referido curso. Perseguimos os objetivos seguintes: investigar o percurso profissional dos egressos do curso de Pedagogia da UEPB/Campus I, no período de 2006 a 2016; contextualizar o Curso de Pedagogia oferecido pela UEPB/Campus I nos ciclos discursivos das políticas educacionais e; Coletar e sistematizar informações atinentes à satisfação da formação didático profissional oferecida no curso de pedagogia da UEPB/Campus I, junto aos egressos do mesmo (2006-2016). Os dados foram obtidos por meio de entrevistas semi-estruturadas e análise documental. Analisamos estes à luz do método do ciclo de políticas de Stephen Ball (1994; 2001; 2004) e da teoria do Discurso de Ernesto Laclau (2005), por considerar que tais autores oferecem o suporte necessário para a compreensão de políticas educacionais. Dentre os entrevistados é preponderante a atuação do pedagogo enquanto docente da Educação Infantil, do Ensino Fundamental e mesmo do Ensino Superior, seja na rede pública, sob regime estatutário ou de prestação de serviço, seja como celetista na rede privada. Encontramos também egressos que desenvolvem a função educativa em outros órgãos que não a escola, tais como tribunal judiciário, empresa de assistência agrícola, secretaria de saúde e mesmo institutos de beleza. A maioria dos entrevistados disseram que o curso de pedagogia atendeu as suas expectativas em relação ao mesmo, embora apontem a distância entre teoria e prática como indicador a ser repensado. Além disso, evidencia-se a amplitude das atribuições dispensadas ao pedagogo prescritas na legislação pertinente e a tentativa do curso em alcançá-las, entretanto, permanecemos com a indagação de quão possível é a formação de um profissional com tantas atribuições num curso de graduação. Assim, faz-se necessário a continuidade de estudos, principalmente atinente às áreas possíveis de atuação pelo pedagogo.