O presente artigo descreve as percepções de Pedagogos (as) em relação às suas qualificações profissionais para o atendimento de crianças consideradas público alvo da Educação Especial. Foi realizado uma pesquisa exploratória, descritiva em duas instituições de Educação Infantil, sendo uma instituição pertencente à rede pública e uma à rede particular de São Luís/MA. Os participantes foram onze docentes, todos pertencentes ao sexo feminino, graduadas em Pedagogia. Os instrumentos de coleta de dados foram observação não participante e entrevistas semiestruturadas, aplicadas por meio de um roteiro contendo sete questões relacionadas à formação continuada e à capacitação para o processo ensino-aprendizagem de crianças com necessidades educacionais específicas. Os resultados sinalizam que durante a formação continuada das pedagogas, o conteúdo e a carga horária destinados às disciplinas de Educação Especial são insuficientes em relação ao atendimento de crianças com deficiência e/ou com necessidades específicas, bem como, os estágios obrigatórios não contemplam instituições que possuem crianças consideradas público alvo da Educação Especial. Os saberes dessas profissionais, em relação à operacionalização dos direitos das referidas crianças, são poucos, e a maioria delas não se sente preparada para trabalhar com o público alvo da educação especial. Enfatiza-se que a formação inicial do (a) Pedagogo (a) para dar conta do processo ensino-aprendizagem de crianças consideradas, público alvo da Educação Especial, embora tenha passado por muitas reformulações desde a sua instituição, deve ser revista e readequada às reais necessidades desse público, tanto no que compete a carga horária das disciplinas de educação especial e/ou afins, quanto aos estágios obrigatórios em instituições que possuam crianças com deficiência e/ou com necessidades educacionais específicas.