Em uma época de transformações, incertezas e de ações de curto prazo abre-se um leque de oportunidades e vantagens aos sujeitos, mas que exige deles um conjunto de habilidades e competências diferentes. As subjetividades precisam deixar a estabilidade de suas comunidades e lançarem-se em ações transformadoras nas quais devem adequar-se para sua própria sobrevivência. A mídia educativa com seus regimes de verdade são um desses espaços transformadores que orientam modos de ser professor com ênfase em um processo de desenvolvimento profissional autônomo. A revista Nova Escola é uma revista pedagógica que assume um papel subjetivante a partir dos anos 1990 ao equipar o professor com verdades acerca do cuidado com o corpo em direção ao governo de si. A partir da compreensão desse papel subjetivante que assume a revista Nova Escola entre professores e duvidando de alguns sentidos naturalizados, problematiza-se: como se constituem as subjetividades do professor em face dos discursos de verdade voltados para o cuidado com o corpo que atravessam um texto publicado no periódico na seção “Saúde”? Na escrita desta análise, objetiva-se descrever os discursos de verdade que instituem uma formação autônoma do professor frente aos jogos de verdade da Nova Escola que ensinam um outro modo de ser e de conduzir-se em relação aos cuidados com o corpo. Esse trabalho inscreve-se metodologicamente na perspectiva interpretativista discursiva e teoricamente, no campo de estudos pós-estruturalistas que passam a redimensionar as ideias de que o desenvolvimento profissional é constituído por saberes plurais. Os resultados evidenciam que, a mídia educativa, especificamente, a Nova Escola, equipa o professor a partir de discursos de verdade que lançam o professor a uma contínua reinvenção de si mesmo por meio de um processo de desenvolvimento profissional autônomo que sugere uma educação permanente