O conceito de identidade é pesquisado e debatido como construção que remete aos princípios de convivência humana, principalmente se referindo às noções do eu em relação ao outro. Este eixo – eu e o outro – retrata uma premissa clássica da formação de convivência, de busca ao reconhecimento do eu e do conhecimento do outro, estabelecendo o princípio de comunicação e interação entre os sujeitos falantes. A escola, como instituição de ensino, também traz o princípio de convivência e de conhecimento associado ao eu e o outro. Tendo tais afirmações como ponto de partida, este trabalho tem como objetivo geral discutir a importância da identidade na escola, utilizando o gênero cordel e sua respectiva função como elemento de reconhecimento identitário na escola pelos alunos. Para tal, utilizamos os pressupostos teóricos de Charaudeau (2015), Bauman (2010) e Martino (2010), sobre as perspectivas conceituais de identidade, Rodrigues (2006; 2011; 2016) e Albuquerque Júnior (2011), falando sobre o gênero cordel, além dos Parâmetros Curriculares Nacionais (1998) e Demo (2005), sobre as questões de educação e interdisciplinaridade. Utilizamos a metodologia de cunho qualitativo, caracterizada como uma pesquisa bibliográfica que busca trazer uma proposta interdisciplinar. Esta proposta interdisciplinar visa, portanto, demonstrar o desenvolvimento de trabalhos que utilizem o conceito de identidade atrelada ao gênero cordel, podendo ser expandido em diversos componentes curriculares, caracterizando a perspectiva interdisciplinar. A proposta resulta em desenvolvimento de projetos, planos de aula, construção de materiais pelo professor e pelos alunos a fim de ressaltar o reconhecimento do aluno residente da Região Nordeste como um sujeito nordestino, mediando o gênero cordel ao caráter identitário formado pelas características sociais, culturais e históricas.