Atividades que chamem a atenção dos alunos, que os coloquem focados e empolgados nos assuntos abordados na sala de aula é um desafio, em especial nos dias atuais em que as distrações e conhecimentos diversos têm sido amplamente oferecidos pelas tecnologias. Atividades lúdicas são uma ferramenta de bastante importância nesse contexto, uma vez que contribui para reforçar a teoria de uma forma dinâmica, prazerosa e eficaz, enriquecendo a formação do conhecimento em sala de aula. A Biologia abrange uma vastidão de assuntos, incluindo importantes temas sobre atividades humanas e debates atuais. A Genética é um desses assuntos em que se encontra importantes debates atuais, por isso a compreensão de sua base é de fundamental importância para o entendimento e para a formação de uma concepção crítica da sociedade. Porém, a mesma é uma das matérias em que muitos alunos criam um certo estigma em relação a ela, a colocando como de grande dificuldade de entendimento. Por isso, o objetivo do trabalho é de relatar a experiência da confecção e aplicação de jogo didático em uma turma do terceiro ano do ensino médio, sendo o jogo aplicado como forma de revisão e reforço na fixação de conteúdo de Genética. O trabalho foi desenvolvido por bolsistas do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação a Docência (Pibid), do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal da Paraíba, Campus II. Foi aplicado o jogo denominado “Caixas Surpresas de Mendel”, sobre assunto de Genética, especificamente 2º Lei de Mendel. O jogo é composto por duas caixas de papelão numeradas em 1 (um) e 2 (dois), abertas na parte superior. Dentro das caixas, foi colocado 20 questões impressas em folhas de papel A4, distribuídas entre elas, onde cada número representava o nível de dificuldade da questão. A turma foi dividida em duas equipes, onde foram se alternando para responder as questões, até o jogo acabar e ganhar a equipe com maior pontuação. Percebemos a turma bastante empolgada como um todo, sendo desafiados a resolver as questões e entender mais sobre o assunto. Interagiram de forma bastante positiva entre si, entre os bolsistas e a professora, sendo levantadas dúvidas que possibilitaram aos alunos identificarem seus pontos fracos sobre o assunto, sanarem essas dúvidas e continuarem dispostos a resolver mais questões. A maior dificuldade dos alunos estava nas questões de cruzamentos genéticos, mas a possibilidade de resolver esses cruzamentos de maneira mais dinâmica e dentro de um contexto mais atrativo, fez com que os alunos se interessassem para aprender a resolver, quebrando um pouco o estigma do assunto em específico da Genética como difícil de ser compreendido, que acabou sendo percebido haver na turma. Portanto, a aplicação do jogo foi bastante positiva no sentido de facilitar a compreensão e o diálogo sobre o tema, reforçando a importância e eficácia dos jogos didáticos na complementação da construção do ensino aprendizado, além de ter proporcionado uma rica interação entre todos os envolvidos.