A inclusão tem sido motivo de várias discussões no âmbito educacional tanto na forma de legislação quanto na teoria e prática. Contudo, são ainda poucos os estudos que identificam as concepções de inclusão dos professores que trabalham com esse público. A primeira infância é um lócus de extrema importância, é onde se inicia o desenvolvimento da criança em diferentes aspectos, e a partir do qual devemos discorrer e praticar uma verdadeira educação emancipatória, pois as questões suscitadas a respeito da diversidade, da construção do eu, e o encontro com o diferente acontece em situações corriqueiras no contexto da sala de aula. Diante disso, este estudo discorre um relato de experiência desenvolvido em um estágio supervisionado em psicopedagogia institucional, o qual se desenvolveu por meio de atividades diversificadas e lúdicas, onde se buscou investigar e intervir em sala de aula, a partir de uma queixa relatada pela docente regente da mesma, a qual encontrava algumas barreiras para integralizar as crianças diante de atividades grupais. A turma de 3º ano do Ensino Fundamental I, pertencente à rede pública de ensino, do município de Garanhuns/Pernambuco, composta por 25 alunos, entre 7 e 9 anos de idade, além de um desses alunos ser diagnosticado clinicamente com autismo infantil, o qual muitas vezes ficava isolado de toda a turma, recusando-se a participar de algumas atividades. Nas nossas observações na sala de aula, percebemos a ausência do lúdico e de atividades que se aproximassem da realidade das crianças, os alunos demonstravam-se inquietos, e alguns se recusavam a participar das atividades. Pôde-se avaliar que as atividades desenvolvidas como intervenção proporcionaram a interação e integralização das crianças, desenvolvendo o conhecimento e a participação grupal, despertando um espaço rico em estímulos, onde as crianças puderam experimentar novas descobertas através da brincadeira, socializando-se com os colegas de maneira onde manifestaram sentimentos e pensamentos. Foi observada também a disposição do aluno autista em todas as atividades desenvolvidas, minimizando o seu isolamento da turma.