O presente artigo apresenta dados conclusivos da Pesquisa de Iniciação Científica (PIBIC/UFPE). O trabalho teve o intuito de analisar a realidade vivenciada nas Escolas Públicas Estaduais de Bezerros e Agrestina, cidades localizadas no Agreste de Pernambuco e ambas pertencentes ao Programa de Educação Integral (PEI). Em geral, nosso objetivo foi comparar dados e verificar o que realmente mudou com a implementação do Programa, que visa a melhoria do ensino e profissionalização. Após sua implementação, o estado obteve bons resultados nos monitoramentos da qualidade da Educação, indicados pelo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), mas na avaliação feita em âmbito internacional, o Programme for International Student Assessment (PISA) mostrou dados diferentes dos coletados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Para situar o leitor, fizemos uma breve abordagem histórica do desenvolvimento da Educação Integral no País e mostramos as bases que sustentam o benefício da mesma para os educandos e educandas. As referências teóricas que utilizamos para compreender a perspectiva de educação integral e o contexto de pressão por resultados são: Paro (1988), Teixeira (1957), Eboli (1983), Cavalieri (2009), Mota (2006), Guará (2006), Costa (2002), Mizukami (1986), Santos (2015), Coelho (2002), Malhem (2002), Mancebo (2007) e outros. A pesquisa foi realizada através de análise documental, revisão bibliográfica e análise de entrevista semiestruturada realizada com professores/as que trabalham nas instituições. Concluímos que as escolas sofrem com defasagem de equipamentos e que os professores são pressionados por uma política de avaliação que penaliza os docentes em função dos resultados obtidos nas avaliações em larga escala.