Através do processo de modernização das cidades nos deparamos com a desvalorização e desconhecimento em relação aos Patrimônios Culturais. A necessidade de intervenção para sanar esse problema é condição sine qua non para a apropriação dos patrimônios por parte das gerações futuras.
Partindo-se da concepção da importância de conscientizar crianças e adolescentes para a preservação patrimonial, bem como da carência de intervenções educativas para este fim no âmbito escolar, o Museu de Arqueologia da UNICAP introduziu entre suas atividades pedagógicas uma nova forma de promoção da Educação Patrimonial, utilizando por base a história da cidade do Recife e de seus patrimônios, para sensibilizar a sua preservação.
Como causa, fatores, para a não realização efetiva da educação patrimonial nas escolas, Gazzola 2007, refere a falta de conhecimento a respeito do assunto por parte dos educadores e a desconsideração desta prática como atividade comum, pois a maioria dos docentes não foi trabalhada neste sentido, quando de sua formação como educador (GAZZÓLA et al, 2007).
Foi promovida uma revisão de literatura, visando conhecer o panorama da educação patrimonial realizada no Brasil e no Estado de Pernambuco, incluindo-se como fontes de pesquisa publicações acadêmicas, livros, artigos de jornais, teses e documentos publicados por órgãos governamentais tais como - Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (FUNDARPE), Fundação Joaquim Nabuco (FUNDARJ), Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO).
Considerando a importância da Educação Patrimonial nas escolas como forma de estimular nas futuras gerações o interesse pela história da cidade e, por conseguinte, na preservação do seu acervo patrimonial, o presente trabalho, apresenta uma visão preliminar de como a educação patrimonial vem sendo realizada em escolas públicas e privadas da Região Metropolitana do Recife.