O debate dos direitos humanos assenta-se na luta histórica de segmentos sociais marginalizados devido a aspectos como cor, raça, etnia, gênero, condição física, sensorial, cognitiva, econômica e/ou cultural. Com o intuito de combater toda e qualquer forma de exclusão, propõe-se à escola estabelecer uma cultura de reconhecimento das diferenças a partir da luta por igualdade em direitos, consequentemente, uma cultura dos direitos humanos. Em consonância, a proposta de inclusão escolar vem traçando ações que buscam garantir tais direitos através de uma concepção de diversidade humana, compreendendo a escola como lugar de todos e para todos. Este artigo constitui-se a partir das reflexões da nossa dissertação de mestrado e tem por objetivo investigar os aspectos presentes e ausentes da Educação em Direitos Humanos no processo de inclusão escolar de um aluno cego em uma escola da educação básica, no município de Mossoró/RN. O estudo apresenta-se como uma pesquisa exploratória, sob os vieses da abordagem qualitativa e quantitativa e tendo por método o Estudo de Caso Instrumental. A construção dos dados aconteceu por meio de entrevista semi-estruturada e observação não participante com registro em diário de campo. Já a leitura e análise dos dados está embasada na soma categórica e interpretação direta. Os resultados apontam para a necessidade de conhecer e aprofundar as discussões sobre a Educação em Direitos Humanos na formação inicial e continuada dos professores, além de estabelecer uma cultura dos direitos humanos no cotidiano da escola, para que assim, se possa efetivar práticas de conscientização, exercício da democracia e respeito às diferenças em diálogo com a inclusão enquanto prática exequível na escola da atualidade.