Neste presente artigo iremos discutir, mesmo que brevemente, concepções de infância que existiam a partir da Idade Média até os dias atuais, considerando os contextos sociais, culturais, econômicos e políticos vivenciados. Esse texto surgiu a partir de uma atividade realizada na disciplina obrigatória Organização e Prática da Educação Infantil (OPEI) do curso de Pedagogia da Universidade Federal da Paraíba. Através dessa disciplina pudemos assistir na sala de aula o longa metragem “O Pequeno Príncipe” como forma de ampliarmos nosso conhecimento acerca do ser criança hoje, pois o filme apresenta perspectivas sobre o ser criança e a adultização das mesmas devido às cobranças que os adultos impõem, já que a sociedade contemporânea exerce intensa influência nas escolhas que fazemos, principalmente quando ainda se é criança. Evidenciamos que as mudanças no ser criança não podem ser ignoradas pela sociedade, inclusive nas escolas, especialmente no que diz respeito à aproximação das crianças com a mídia que estão fazendo parte muito cedo no universo da criança, nas suas formas de agir e pensar nos dias atuais. Influenciadas pelas tecnologias digitais, a infância vivencia um momento que alguns consideram como de “desaparecimento”, reflexo da transformação no ser criança que por sua vez, reflete as mudanças que vivencia em seu contexto social. O consumismo infantil é abordado, já que é uma prática que faz parte da vida das crianças, estas que são o alvo de produtos que despertam o desejo em comprar mercadorias que rapidamente são substituídas por outras, ocasionando assim um ciclo de desejo em ter, acumular e descartar. Tais questões buscam contribuir no entendimento da infância e no processo de desenvolvimento das crianças na atualidade.