A partir da década de 60, do século XX, a tecnologia da Robótica começou a ser inserida na área da Educação sendo o matemático sul-africano Seymour Papert pioneiro e principal destaque dessa época nesse estudo devido, principalmente, a construção do protótipo da Tartaruga de Solo, que era comandada pelo computador, a linguagem de programação LOGO e sua teoria que será a parte analisada no presente trabalho. Ele passou a criticar as ideias do Instrucionismo, teoria na qual utilizou o método tradicional de ensino, e construiu sua teoria intitulada Construcionismo que tem um viés voltado mais para o construtivismo. A presente pesquisa discute as raízes epistemológicas dessa teoria com o objetivo de entender a visão que Papert tinha sobre o uso da Robótica na Educação. Ao verificar a influência das ideias da epistemologia genética do psicólogo suíço Jean Piaget no Construcionismo e do Apriorismo do filósofo alemão Emmanuel Kant no Construtivismo de Piaget, concluiu-se a relevância desses dois teóricos na defesa de Papert de que os estudantes não eram tabulas rasas a serem preenchidas pelas informações previamente planejadas que continham no computador, como o Instrucionismo defendia, e que, ao contrário, essa máquina servia como instrumento de ensino dos alunos na construção dos seus próprios conhecimentos. A partir dessas conclusões, compreende-se melhor os objetivos de Papert em contribuir com a Educação ao inserir a Robótica nela; colaborando, a presente pesquisa, para que os professores que utilizam essa tecnologia na escola possam saber, mesmo que em parte, das intenções iniciais de se trabalhar a Robótica dentro do universo da Educação.