O presente artigo pretende estabelecer uma abordagem teórico-filosófica acerca da importância do ensino de filosofia para a formação do cidadão conforme estabelecido na justificativa para seu ensino nas leis da educação nacional. Nesse intuito traz para a discussão filósofos conhecidos na área educação, a exemplo de: Platão, Hegel, Deleuze e Félix Guattari entre outros. Partindo das reflexões feitas por tais filósofos desenvolve-se no texto argumentos que põe em evidência a atual situação do ensino de filosofia e ainda elabora sugestões que apontam para uma atividade filosófica que esteja comprometida cada vez mais com aquilo que a filosofia de fato é especialista, ou seja, com o jogo de criação-compreensão de conceitos. Uma proposta de ensino de filosofia que trabalhe a conceptualização como forma de colaborar com a educação real do cidadão se mostra imprescindível. Pois, a filosofia como matéria de ensino está entranhavelmente ligada a sua história e as questões metodológicas do seu ensino. Assim, procuramos desenvolver uma abordagem do tema que visa tratar de modo panorâmico sobre como se realizou, e como tem se realizado, o ensino de filosofia nas escolas de nível médio no Brasil. Também se propõe discutir algo que se mostra de grande relevância diante das atuais necessidades de justificativas para a presença da filosofia no Ensino Médio, pois a mesma traz em seu cerne a discussão acerca da importância que a filosofia tem no âmbito da formação do cidadão e qual o seu papel nesse processo. Desse modo, aborda-se na sua fundamentação teórica o processo de formação das leis que determinaram sua saída e seu regresso como disciplina aos currículos escolares nos estabelecimentos de ensino do país. Essa pesquisa revela-nos o papel que a filosofia teve, e o que ela tem, atualmente, no processo de educação básica do cidadão.