No contexto de emergência por uma educação inclusiva é implementado no Brasil o Atendimento Educacional Especializado (AEE) como uma política pública que visa criar condições de acesso e permanência aos estudantes com deficiência, transtornos globais de desenvolvimento e altas habilidades/superdotação nas escolas regulares. Desse modo, o presente estudo tem como objetivo analisar a relação existente entre as práticas pedagógicas desenvolvidas pelos professores do ensino regular e as atividades desenvolvidas pela profissional que atua no Atendimento Educacional Especializado ofertado nas Salas de Recursos Multifuncionais (SRM) em uma escola pública do município de Luís Gomes/RN. A pesquisa adere a abordagem qualitativa e foi realizada por meio de um estudo descritivo, no qual num primeiro momento fez-se um levantamento bibliográfico e, posteriormente, para a obtenção dos resultados empíricos, foi aplicado um questionário à três professoras das salas de ensino regulares e uma professora do Atendimento Educacional Especializado. Os resultados obtidos a partir da coleta desses dados possibilitaram conhecer a realidade dessas professoras, que, em meio às dificuldades, tais como a falta de formação específica à inclusão e a dificuldade de manter contato com professoras das outras escolas, buscam manter um certo contato entre si para refletirem acerca dos alunos com necessidades educacionais especiais presentes em suas salas de aula. Estas profissionais realizam atividades diversificadas com o intuito de satisfazer as necessidades de aprendizagens de todos os alunos. À guisa de conclusão ressalta-se que tais práticas ainda não propiciam efetivamente o processo de inclusão haja vista que é necessária uma relação mais articulada entre os profissionais e todos os seguimentos da escola, no sentido de empreender ações colaborativas para remover às barreiras a aprendizagem de todos os estudantes.