SANTOS, Adeises Lima Dos et al.. A escola como espaço de sociabilidade. Anais IV CONEDU... Campina Grande: Realize Editora, 2017. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/index.php/artigo/visualizar/35166>. Acesso em: 22/11/2024 05:42
Este trabalho discute a participação da comunidade no contexto escolar e da sala de aula. Como questão de partida elegemos a seguinte: até que ponto a participação da comunidade externa à escola, pode contribuir para o seu sucesso e, por extensão, para o desempenho acadêmico e social dos seus alunos?Na tentativa de responder essa indagação, empreendemos como ação específica discutir que sentidos são atribuídos pelos sujeitos implicados na gestão da escola e do ensino, à relação escola-comunidade, enquanto mecanismo de participação e de construção do sentimento de pertencimento. Para realizar as análises partimos do pressuposto que a escola como um espaço de sociabilidade, precisa de um trabalho escolar voltado para o envolvimento coletivo, em que todos os agentes possam colaborar para o seu bom funcionamento, tanto na tomada de decisões como na resolução de conflitos. Realizamos a investigação numa escola de ensino fundamental da rede pública municipal de São Luís, MA. Como instrumento de coleta de dados, utilizamos a observação participante e o nosso ‘diário de bordo’, denominação dada ao diário de campo, por entendermos que, mesmo participando das atividades desenvolvidas nos dias das observações ou das visitas, encontrávamos ali com um olhar de viajantes que precisavam, a partir das suas capturas, produzir sentidos e significados para tudo que foi mostrado de modo implícito ou explícito. Além desses instrumentos, realizamos também, entrevista com um professor volante dos anos iniciais do Ensino Fundamental. Para fundamentar nossas discussões dialogamos com Luck (2002), Bezerra (2010), Freire (2011), Lopes (2009) Ribeiro (1984), Paro (1997). Chegamos à conclusão que a participação da comunidade externa - nas decisões da escola -, nada mais é do que o exercício da cidadania e que a educação formal é de responsabilidade de todos. Também consideramos que o sentimento de pertença suscita redes vinculares que dão sustentabilidade e base de apoio à sociabilidade dos grupos ligados à escola.