O presente trabalho aborda como o conhecimento no âmbito escolar está sendo gerido contemporaneamente diante das novas demandas neoliberais para a educação, enfatizando o reflexo da fragmentação do saber e da consolidação de medidas voltadas para o ensino técnico mediante a Reforma do Ensino Médio (Lei nº 13.415, de 16 de fevereiro de 2017), na qual se predominam práticas que reestruturam a permanência da hierarquia político-social do país; e, no âmbito do trabalho, com a Consolidação das Leis do Trabalho (Lei nº 13.467, de 13 de julho de 2017) que enfoca como a educação e o trabalho são predominantes ao sistema capitalista. A educação, tratada como mercadoria, vem delimitar as novas demandas deste sistema, perpetuando um conhecimento que se volta para o âmbito do trabalho, da “produção de massas”, e não mais do ser social como proposta de consolidação de uma efetiva educação. Novas leis estão sendo geridas para o futuro da população. Entretanto, sem a participação da sociedade, tais ações de gestão negligenciam essa possibilidade de compreensão da totalidade social, evocando a necessidade de alternativas na prática histórica. O saber, que já não é igual a todos, desemboca em uma perspectiva facultativa, válida à armadilha a um presente-futuro que cobiça a justiça e equidade. Desse modo, a pesquisa propõe um debate sobre como se estrutura a educação em meio a essas novas reformas e propõe reflexões, visando caminhos que possibilitem a transformação, a ideia de mudança. Diante destes preceitos invasivos e avassaladores da ordem social vigente, metodologias efetivas, professores ativos e uma educação problematizada podem ser a chave para romper com a lógica do fatalismo, de um sistema que não pode ser reformulado. Assim, o trabalho aguça o conhecimento que, mediante educação para a consciência reflexiva, crítica e política, além da valorização do ser no mundo, possa compor os ingredientes ativos a uma esperança de justiça social efetiva.