Este artigo apresenta um recorte do trabalho de conclusão de curso da Graduação em Dança da Universidade Federal de Sergipe (UFS). Fomenta discussões sobre a utilização de estudos do movimento e criação em dança na escola, problematizando modos de instigar os alunos a fazerem parte do próprio processo de mediação em dança. Ressalta ainda, abordagens de utilizações da gestualidade como percurso para processos criativos em dança, tendo a improvisação como método de pesquisa imbricado nos fatores do movimento de Rudolf Laban, sendo eles: peso, fluência, espaço e tempo. O estudo foi desenvolvido semanalmente com 40 alunos do ensino fundamental, 8° ano “A” e “B”, do Colégio Estadual Ministro Petrônio Portela, localizado em Aracaju -SE, em um período de quatro meses. A abordagem metodológica da pesquisa é de caráter qualitativo, utilizando como referência a pesquisa descritiva e participativa. No decorrer das práticas algumas discussões se fizeram necessárias, tais como: a dança na escola e o processo de aprendizado compartilhado, compreensões sobre o corpo em movimento, noção de dança no contexto escolar e qual a relação do professor nesse processo. Os resultados obtidos indicaram a possibilidade de desenvolver um trabalho com dança dentro de uma coerência educacional, mediante atuações compartilhadas entre professor e aluno. A experiência fomenta questões pertinentes à prática da dança no contexto escolar e propõe o reconhecimento das singularidades do corpo como processo de estudo para mediação do ensino-aprendizagem em dança. Logo, percebemos a necessidade de discutir o ensino de dança na contemporaneidade, em que se interliga com o repertorio/gestualidade do aluno e professor, imbricando-os nos fundamentos do movimento que Laban propõe. Essas ações ratificam o mediador como fundamental para uma possível educação da autonomia, colaborando trabalhos que sucedesse em cooperação, percepção, ensino/aprendizagem e indagação/inquietação.