A infecção pelo HIV tem apresentado diversas transformações ao longo dos anos, tanto
no que se refere à evolução clínica quanto ao perfil epidemiológico das pessoas infectadas. No que tange a
sexualidade, pesquisas mostram que os idosos continuam sendo sexualmente ativos e que vivenciam a
prática sexual, na maioria das vezes, sem o uso de preservativo. Considerando esses aspectos, o presente
estudo busca reconhecer o perfil sócio-epidemiológico de idosos notificados com HIV no Brasil. Trata-se de
um estudo exploratório, de cunho epidemiológico, com abordagem quantitativa, com análise descritiva sobre
os casos notificados de Aids em idosos no Brasil, utilizando dados do DATASUS. Observa-se que o número
de casos notificados entre os anos de 2010 a 2016 registram um total de 8.063 casos notificados em pessoas
com mais de 60 anos, independente do sexo, demonstrando então, que a população idosa também está
propensa à infecção pelo HIV. Constatou-se que os casos notificados do sexo masculino se sobressaem
quando comparados ao sexo feminino em todas as regiões do país e que maior parcela da transmissão
continua sendo por via sexual. Os profisionais devem estar mais preparados para atender às necessidades
mais peculiares da população idosa e deve haver maior incentivo do governo em educação continuada em
gerontologia, bem como em campanhas sobre sexualidade do idoso.