AGUIAR, Abner Tribst et al.. Capacidade para o trabalho de pessoas idosas. Anais V CIEH... Campina Grande: Realize Editora, 2017. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/index.php/artigo/visualizar/34230>. Acesso em: 22/12/2024 17:08
O envelhecimento populacional é um acontecimento sem precedentes que irá causar impactos profundos em todos os setores da sociedade. Na atualidade é cada vez maior o número de pessoas idosas que precisam ou querem se manter no mundo do trabalho, situação essa que parece se distanciar do previsto para pessoas nessa faixa etária, pois a sociedade de forma geral espera que elas se encaminhem para a aposentadoria e para o afastamento do mundo laboral. A carência de informações sobre o potencial das pessoas idosas gerou muitos mitos e preconceitos, que foram disseminados na sociedade e no meio industrial, transformando o processo de envelhecimento em algo pejorativo, com reflexos negativos nos campos sociais, político e econômico. Diante desse contexto, o objetivo deste estudo foi identificar as características pessoais e de saúde de pessoas idosas e de avaliar as suas capacidades para o trabalho. Trata-se de um estudo quantitativo, transversal e descritivo, realizado em uma cidade do Sul de Minas Gerais, com 510 idosos. Observou-se que a maioria dos participantes era do sexo masculino, casado, com ensino fundamental incompleto, trabalhava por conta própria, professava a religião católica, com família nuclear e possuía filhos. À idade média dos participantes foi de 68,7 anos, sendo a idade mínima de 60 anos e a máxima de 93 anos. Em relação ao rendimento mensal, a maioria recebia entre 2 a 4 salários mínimos, sendo que duas a três pessoas viviam com esse rendimento. 43,5% dos participantes classificaram sua situação de saúde como boa. Em relação ao Índice de Capacidade de Trabalho (ICT), 57% dos idosos relataram boa capacidade. Evidencia-se que de modo geral os idosos estão aptos a permanecer no mercado de trabalho.