INTRODUÇÃO: o envelhecimento é um fenômeno de processo universal, progressivo e gradual devido aos fatores biológico, psicológico, social e cultural que atinge o ser humano na plenitude de sua existência. O surgimento de doenças crônicas está relacionado ao processo de envelhecimento, que podem levar ao comprometimento cognitivo e a imobilidade, causando no idoso dependência e incapacidade de realizar atividades de vida diária (AVD) aumentando assim, o risco de possíveis lesões na pele e consequentemente perda de sua função. Nesse contexto, o cuidado de feridas é um processo dinâmico, complexo e que requer uma atenção especial principalmente no que se refere a uma lesão crônica. Desta forma, o enfermeiro é o ator social responsável por ensinar aos cuidadores e ao próprio idoso como lidar com os cuidados com as feridas. OBEJTIVO: relatar as experiências dos acadêmicos de enfermagem durante visitas domiciliares sobre a percepção do idoso sobre os próprios cuidados com as feridas. METODOLOGIA: trata-se de reflexões vivenciadas por acadêmicos de enfermagem através de visitas domiciliares realizadas, semanalmente, no período de fevereiro a abril de 2013. As informações coletadas foram registradas através de dados secundários (prontuários) de uma unidade de saúde da família do município de cuité/PB e pelos relatos dos idosos sobre o cuidado com as ferida. RESULTADOS: Primeiro foi realizado um levantamento quantitativo de idosos com feridas, cadastrados nessa unidade de saúde, totalizando três idosos. As visitas foram subsidiadas por uma das agentes comunitária de saúde (ACS) dessa unidade para facilitar o acolhimento durante as visitas, o que proporcionaria um estabelecimento de relações interpessoais e solidificação de vínculos. Na primeira vista nos deparamos com um paciente com acidente vascular encefálico (AVE), emagrecido, acamado e impossibilitado de exercer qualquer tipo de AVD. Encontrava-se com uma úlcera por pressão de grau III na região sacrococcigeana e a cuidadora relatou desconhecer o surgimento daquela lesão e seu tratamento. Nas visitas seguintes, vimos duas idosas hipertensas, sendo uma delas com diabetes e ambas portadoras de úlceras venosas. Os cuidados relatados pela idosa com hipertensão foi quanto ao uso soro fisiológico na lesão para a limpeza da ferida, aplicação de óleo de girassol na pele íntegra e uso meias compressivas, no entanto a mesma declarou que tem muitas dúvidas quando às medicações tópicas prescritas pelo médico. já a idosa hipertensa e que tem diabetes refere que suas lesões demoram a cicatrizar e que o médico só vai ao seu domicílio a cada dois meses, e sempre, prescreve um medicamento novo. A mesma enfatiza que não sabe cuidar da ferida. CONCLUSÃO: a partir dessas vivencias, podemos constatar a inexperiência do idoso e cuidador no que se refere ao cuidado com as próprias feridas. Essa conjuntura revela que a equipe de enfermagem deve estar mais comprometida com os cuidados específicos e orientações sobre a avaliação e tratamento de lesões de pele, a fim de evitar maiores complicações e melhorando sua qualidade de vida.