Populações envelhecidas apresentam maior carga de doenças e agravos não transmissíveis, destacam-se aqueles que afetam as estruturas componentes do aparelho locomotor. Isso traz como consequência imediata, alterações no equilíbrio e limitações na sua capacidade funcional, principalmente quando essas alterações cursam com dor crônica nos pés. Objetivou-se no presente estudo verificar a relação entre pé doloroso, equilíbrio e funcionalidade em idosos atendidos em um ambulatório de geriatria, por meio de um estudo exploratório descritivo, realizado no Hospital Universitário do município de João Pessoa, Paraíba, compondo 121 sujeitos de ambos os sexos. Para o tratamento estatístico utilizou-se o programa Statistical Package for the Social Sciences – SPSS 2.0. Os idosos acima de 80 anos foram classificados na categoria independência parcial/dependência (92,3%), em que o intervalo de tempo de caminhada é acima de 11 segundos. Na analise das frequências de respostas das 19 questões do índice de Manchester de incapacidade associada ao pé doloroso nos idosos , verificou-se que em relação à limitação funcional, destacou-se 60,5% dos idosos que evitam caminhar fora de casa, assinalando o item de maior ordem “todos os dias”. No item “na maioria dos dias”, constatou-se que 53,5% dos idosos caminham vagarosamente. Considerando a intensidade da dor, 50% dos idosos relataram ter “na maioria dos dias” dores constantes nos pés. Concluiu-se que as dores nos pés de idosos, isoladamente, não interferem diretamente sobre a mobilidade funcional e o equilíbrio dos mesmos. Foi possível aferir que quanto mais avançada à idade, maior é o tempo de caminhada percorrido pelos idosos.