O fase do envelhecimento não ocorre somente quando já se atinge os 60 ou 65 anos. É na fase adulta que as mudanças vão sendo percebidas, mesmo com avanços científicos e tecnológicos disponíveis, as projeções indicam que a população de idosos no Brasil será de mais de 26,2 milhões de pessoas em 2020. Na fase adulta, faz-se necessário trabalhar o envelhecimento, pois o aumento do número de idosos pode representar um grave problema à sociedade se não forem adotadas medidas que garantam a saúde, o controle de doenças crônicas degenerativas e a qualidade de vida destas pessoas. Sendo assim, compreender as relações dos fatores que influenciam direta ou indiretamente na obesidade e no estado nutricional de indivíduos poderá resultar em uma visão ampla e bem mais completa dessa relevante questão de saúde pública. Dessa forma, o objetivo desse trabalho foi investigar o estado nutricional e identificar ocorrência de obesidade em pessoas envelhescentes, na faixa etária de 30 a 59 anos, residentes na zona urbana da cidade de Manaus, Amazonas. Como metodologia foi utilizado método amostral probabilístico em dois estágios com probabilidade proporcional ao tamanho (PPT). Foram analisadas as seguintes variáveis demográficas: sexo e idade. O estado nutricional foi avaliado a partir do cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC), a relação a mensuração da circunferência da cintura (CC), seguiu-se as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS). Um total de 2500 indivíduos moradores da área urbana de Manaus-AM foram incluídos no estudo, com idade média de 41,7+ 8,4. Quando avaliado o estado nutricional, a partir do cálculo do IMC, o índice mais alto encontrado foi o sobrepeso em 41,1% dos entrevistados, somando-se os índices de obesidade I, II e III obtivemos um resultado de 32,3% e, somando-se esse resultado aos indivíduos com sobrepeso, esse percentual sobe para 73,4%. Em relação CC, os resultados mostram que pouco mais da metade das mulheres estão acima do ponto de corte, enquanto que, a maior parte dos homens está abaixo. Dessa forma, pretendeu-se contribuir com dados epidemiológicos sobre o envelhecimento da população residente na Amazônia, com o intuito de pôr em prática uma nova cultura da velhice. Uma vez reconhecido esses agravos no processo de envelhecimento, será possível subsidiar discussões a respeito das ações de promoção da saúde, tornando essa faixa etária dependente de um programa permanente de melhoria da qualidade de vida.