UTILIZAÇÃO DE BRIQUETES COMO FONTE ALTERNATIVA DE ENERGIA NO SETOR DE CERÂMICA VERMELHA NA REGIÃO SERIDÓ/RN
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Apesar da sua expressiva contribuição em emprego e renda, o setor cerâmico enfrenta dois grandes problemas, sendo um relacionado à dependência de uma única fonte de energia, que é a lenha, utilizada na fase de queima dos produtos e o outro ao processo empregado no que ser refere à estrutura e funcionamento dos fornos. Neste contexto, o objetivo desse trabalho foi avaliar a viabilidade do uso de briquetes como fonte alternativa à madeira, ou lenha, para o setor de cerâmica vermelha na Região do Seridó no Estado do Rio Grande do Norte, a partir de parâmetros de qualidade dos produtos e consumo de biomassa durante a queima. Este trabalho foi desenvolvido na Cerâmica Bela Vista, localizada no sítio Boa Vista, município de Parelhas/RN, Brasil, onde foi montado um experimento utilizando briquetes como fonte alternativa à lenha para geração de energia térmica, durante a queima dos produtos, realizadas em fornos do tipo abóbada o qual possui capacidade média de produção de 82.000 peças. 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Depois de avaliar as características e o consumo dos combustíveis, o perfil das temperaturas durante a queima, os tempos decorridos para cada fase do processo, bem como a qualidade dos produtos e as porcentagens de perdas, concluiu-se que não houve diferença significativa no consumo médio de combustível entre os tratamentos; o maior intervalo de tempo total decorrido durante o processo de queima dos produtos foi observado ao se utilizar 30% de briquetes associados à lenha; as maiores porcentagens de produtos de primeira qualidade após a fase de queima foram observadas ao se utilizar 100% de lenha como combustível, e de segunda qualidade quando foi utilizado 41% de briquetes associados à lenha, assim como maiores porcentagens de perdas; indica-se como porcentagem ideal 30% de briquetes associados à lenha como combustível para queima da cerâmica vermelha na Cerâmica Bela Vista; É viável a utilização de briquetes associados à lenha como fonte alternativa de energia em fornos abóbada, especialmente para diversificar a matriz energética do setor de cerâmica vermelha e para colaborar na redução da pressão sobre a caatinga." 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