A globalização aboliu fronteiras criando redes de comércio planetário, e ao mesmo tempo criando a cultura do consumismo e individualismo e transformando a cultura nativa. Nesse cenário de mundialização da economia o turismo é uma atividade em ascensão. Nos países de riquezas naturais e tradição cultural, o turismo é uma alternativa para o desenvolvimento da economia que, oferece retorno em curto prazo para investimentos. Para o litoral nordestino representa uma importante alternativa de desenvolvimento econômico, tanto pelo potencial natural, como pelo retorno financeiro. Porém, há questionamentos em relação aos rumos da atividade enquanto geradora de renda e os benefícios que deixa para as comunidades locais. A comunidade de Canoa Quebrada e Estevão localiza-se geograficamente no litoral leste do Ceará, situada no município de Aracati distante 160km da capital cearense. Historicamente, até meados da década de 1970 a comunidade era conhecida como uma aldeia de pescadores que sobrevivia economicamente da atividade pesqueira e da confecção do labirinto. Na década de 1980 criadas às condições de infraestrutura para o desenvolvimento do turismo local observou-se modificações tanto no perfil econômico como social, cultural e ambiental. Assim, o artigo tem o intuito de analisar o impacto ambiental e social do turismo globalizado na praia a partir dos estudos de Santos (2008), Morin (2009), Ianni (1995), Boff (2017), Dias (2003), Esmeraldo (2002), Haesbaert (1999). Constatou-se que o modelo de turismo implantado em Canoa Quebrada atendeu ao turismo de massa repercutindo problemas ambientais e sociais negativos, enquanto que na Vila dos Estevão foi um turismo mais alternativo e comunitário. Portanto é necessário pensar em políticas ambientais, sociais e cultuais que promovam desenvolvimento com sustentabilidade. Conclui-se que são grandes os desafios da comunidade de Canoa Quebrada para redimensionar o turismo para que este promova o desenvolvimento sustentável, a inclusão social e cultural da comunidade.